Veja qual o melhor aplicativo para recarregar o cartão de transporte
O R7 testou 12 apps que oferecem serviços de recarga do cartão usado no transporte público da cidade de São Paulo e da região metropolitana
Tecnologia e Ciência|Pablo Marques e Laís Vieira*, do R7
Recarregar o cartão usado no transporte público de São Paulo e na região metropolitana pode ser difícil nos horários de grande movimento de passageiros. Os pontos oficiais e até os postos de autoatendimento costumam ter longas filas, e nem sempre os cartões de crédito e de débito são aceitos como forma de pagamento.
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Uma alternativa para conseguir se locomover de ônibus, metrô e trem com mais facilidade é a recarga através do celular. O serviço é uma forma simples de evitar ser barrado pela catraca no momento do embarque.
O R7 testou 12 aplicativos que fazem a recarga dos bilhetes de transporte usados na capital paulista, nos trajetos intermunicipais e em algumas cidades da região metropolitana. Todos estão disponíveis na página oficiais da SPTrans e do cartão BOM.
Ponto Certo
O aplicativo permite recarga de Bilhete Único no valor mínimo de R$ 10, inclusive para estudante e professores. É cobrada uma taxa de R$ 4, se o pagamento for feito pelo cartão de crédito, e R$ 2 por transferência bancária.
O cadastro para realizar a primeira recarga é bem longo. Além dos dados pessoais, é preciso inserir a senha que foi cadastrada no site da SPTrans. Para diminuir o número de etapas, é possível fazer o login pelo Facebook.
O app não recarrega o bilhete BOM, usado no transporte intermunicipal de São Paulo, mas faz recarga dos bilhetes do transporte público de Recife-PE e de Maceió-AL.
RecargaPay
O aplicativo oferece diversos recursos de pagamento incluindo a recarga de bilhete de transporte. O valor mínimo é de R$ 4, o mesmo de uma passagem na cidade de São Paulo, e não é cobrada taxa de conveniência.
Para realizar o cadastro, é necessário inserir informações pessoais e o endereço de residência. O Facebook também é uma alternativa para agilizar essa etapa.
Quem não possui cartão de crédito, pode transferir dinheiro do banco para o aplicativo. A empresa oferece a facilidade de pagar com o Apple Pay ou Google Pay, um cartão de crédito digital usado em compras pelo Smartphone. Nos testes realizados pelo R7 não foi possível realizar a recarga logo de primeira, mas o processo foi concluído após algumas vezes.
O app atende tanto a cidade de São Paulo, quanto os usuários de ônibus municipal de Diadema e de Ribeirão Preto.
Mercado Pago
O aplicativo pode ser usado para pagar boletos, colocar créditos no celular e recarregar bilhetes. O pagamento pode ser feito por cartão de crédito ou transferência, e não existe um valor mínimo.
O cadastro é feito por um perfil do Google, do Facebook ou um login já existente na plataforma de compras e vendas Mercado Livre. Em seguida, é necessário incluir o número do Bilhete Único, localizado no verso, e o nome do usuário para realizar a transação.
O aplicativo é bem intuitivo e conta com orientações mais precisas do que na maioria dos concorrentes.
CittaMobi
O aplicativo é mais conhecido por indicar o horário e o itinerário dos ônibus, mas também faz recarrega do cartão usado para passar na catraca. O valor mínimo é de R$ 4 e o pagamento pode ser feito por crédito, débito ou vale combustível. O app cobra uma taxa de conveniência no valor de uma passagem na capital paulista, que custa R$ 4.
O login é mais prático do que em outros aplicativos testados, podendo ser concluído por e-mail, por uma conta do Google ou do Facebook.
Além de atender os usuários da cidade de São Paulo, também permite recargas de bilhetes usados no municípios de Diadema e de Guarulhos, mas o app não faz a recarga do bilhete BOM.
VouD
O aplicativo funciona para colocar crédito no Bilhete Único e é o único indicado para recargas pela página oficial do BOM. O valor mínimo é de R$ 1 e não é cobrada taxa de conveniência.
O cadastro começa com o número do CPF, depois é preciso colocar os dados pessoais e um endereço residencial. Assim como os demais, é possível usar uma conta do Facebook para se conectar.
A única forma de pagamento aceita é cartão de crédito, mas são diversas bandeiras. Se preferir, é possível salvar os dados de pagamento para tornar o processo mais rápido.
Um diferencial é o sistema de segurança que solicita a senha de cadastro novamente para seguir com a recarga.
Qiwi
É um aplicativo que também pode realizar outros serviços, além da recarga de bilhete. Mas é uma exclusividade dos aparelhos com sistema operacional Android, não há uma versão para iPhones.
O valor mínimo de recarga é de R$ 4 e o pagamento pode ser feito por transferência bancária, cartão de crédito ou por uma conta do próprio aplicativo. É cobrada uma taxa no valor dos encargos do cartão de crédito.
Durante os testes, a recarga por transferência bancária não foi concluída. No momento de finalizar a transação, o aplicativo informa que a opção de banco não é permitida e que em breve aparecerá outras opções de bancos.
O Qiwi tem uma função interessante para motoristas, que é a venda de Zona Azul. A taxa é obrigatória para estacionar em algumas ruas centrais de São Paulo.
Pode ser Fácil
É um site que faz a recarga de Bilhete Único pelo navegador do celular ou do computador. O valor mínimo de recarga é de R$ 2 e é cobrada uma taxa de conveniência no valor de R$ 3,80, quase o preço de uma passagem.
O cadastro é simples e rápido, basta inserir o nome completo, CPF e o número de celular. Em compensação, a única forma de pagamento é o cartão de crédito.
Bipay
O Bipay também não é um aplicativo para celular. O sistema está vinculado ao Messenger, app de mensagens do Facebook. Pode ser usado tanto para recarregar Bilhete Único, como também para inserir créditos no celular.
Acesse a página na rede social, comece uma conversa e faça uma recarga. O valor mínimo para estudantes e professores é de R$ 1,80, na tarifa comum é de R$ 0,01. As formas de pagamentos disponíveis são cartão de crédito ou por vale combustível. Não há taxa de cobrança pelo serviço.
Após finalizar a compra de recarga, o sistema envia um e-mail de confirmação de compra de crédito para o Bilhete Único. Basta validar em um terminal de recarga.
Zuum
O App é uma conta pré-paga que pode ser utilizada para fazer pagamentos de boletos bancários e também recarregar Bilhete Único, mas não pode ser usado com cartões BOM. O valor mínimo é de R$ 4 e não há cobrança de taxas.
O cadastro não é dos mais complexos, mas para fazer qualquer pagamento é necessário transferir o dinheiro para o aplicativo e não há outra forma disponível.
SuperDigital (Ex-ContaSuper)
O ContaSuper mudou de nome para SuperDigital em maio de 2017, mas segue no site da SPTrans como o nome antigo.
Diferente dos demais, o SuperDigital é um banco digital e não apenas um app para recargas e pagamentos. Uma taxa mensal é cobrada dos clientes no valor de R$ 9,90. A mensalidade é desconsiderada se o cliente gastar pelo menos R$ 500 durante o mês.
Se a intenção for apenas evitar a fila dos postos de recargas, essa pode não ser a opção mais prática ou barata.
Aplicativos que falharam
O Leve-me e Moovit foram os únicos aplicativos testados que não funcionaram. Ambos são conhecidos por informar trajetos e horários de ônibus em São Paulo, capital.
A página da SPTrans lista os dois apps como formas possíveis de recarregar o Bilhete Único, assim como os demais. Os dois não finalizaram a transação mesmo depois de todo o passo a passo. Foram mais de cinco tentativas sem sucesso.
O R7 entrou em contato pelos canais oficiais das empresas e pelos perfis nas redes sociais. O Leve-me confirmou que o serviço estava temporariamente fora do ar. O Moovit também confirmou que a aplicativo passou por instabilidades e as dúvidas podem ser esclarecidas pelo serviço de ajuda do próprio aplicativo.
Dúvidas e reclamações
O R7 também procuou o Procon de São Paulo, que informou que há demandas de reclamações dos aplicativos testados, mas não possui dados consolidados. O usuário que tiver problemas para efetuar recargas pode fazer um registro na entidade.
Segundo a SPTrans, todos os aplicativos disponíveis na página são confiáveis. Caso o consumidor tenha problemas, a orientação é entrar em contato com o próprio aplicativo instalado ou com a prefeitura de São Paulo pelo telefone 156.
*Estagiária do R7, com supervisão de Pablo Marques