Zuckerberg diz que prefere reduzir fluxo de fake news a fazer censura
Fundador do Facebook explicou que prefere que páginas que difundem notícias falsas sejam menos difundidas, em vez de simplesmente bani-las
Tecnologia e Ciência|Fábio Fleury, do R7
O criador do Facebook, Mark Zuckerberg, explicou seu posicionamento sobre páginas que difundem fake news em sua rede social. Ele quis justificar porque muitas delas não estão sendo banidas, mesmo após anunciar uma fiscalização mais rigorosa.
A ideia do empresário é que os algoritmos do Facebook distribuam os conteúdos para um número cada vez menor de pessoas. Na opinião dele, seria uma maneira de evitar a criação de um tipo de 'censura' na rede social mais usada do mundo.
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Notícias falsas
Durante entrevista ao site norte-americano Recode, ele explicou porque o Facebook não tira do ar sites como o Infowars, veículo de extrema-direita que circulou, entre outras notícias falsas, o boato de que o massacre na escola infantil de Sandy Hook, em 2012, seria uma "farsa".
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"Vamos trazer o assunto mais para perto. Eu sou judeu e há um grupo de pessoas que negam que o Holocausto aconteceu. Acho isso profundamente ofensivo", disse Zuckerberg. "Mas no fim das contas, não acredito que a nossa plataforma deveria apagar isso, porque acho que há coisas que as pessoas entendem errado e não acho que isso seja intencional."
Segundo ele, por esse motivo o discurso público não deve ser censurado no Facebook, mesmo quando existe esse tipo de erro de informação. "Eu não acho que seja a coisa certa a se fazer, tirar alguém da plataforma se eles estão errados, mesmo que isso aconteça várias vezes", completou.
No automático
Para Zuckerberg, a solução de confiar nos robôs que filtram o conteúdo do site e confiar que eles limitarão que as informações falsas sejam disseminadas para mais pessoas é o caminho mais correto a seguir.
A censura de conteúdo seria indicada em casos mais graves, como aqueles em que as notícias falsas contribuem para atos violentos. "Se o conteúdo falso induzir a violência, vamos derrubar. Me sinto profundamente responsável por casos assim."