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Estudantes da Bahia criam extrato de plantas medicinais para combater o Aedes aegypti

Larvas foram eliminadas usando plantas comuns da região: a erva-cidreira e o eucalipto

Bahia|Do R7

As larvas do mosquito utilizadas no experimento foram aquiridas com agentes de endemias da cidade
As larvas do mosquito utilizadas no experimento foram aquiridas com agentes de endemias da cidade

Diante de mais um alerta das autoridades da Saúde sobre a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika vírus e da chikungunia, uma boa notícia é apresentada pelas estudantes Cristiana Aparecida Couto e Noemy de Souza Queiroz, ambas com 16 anos. Elas desenvolveram experiências científicas na escola e descobriram que ervas medicinais muito populares no País, como a erva-cidreira e o eucalipto, são capazes de exterminar as larvas dos mosquistos.

As garotas estão no 2º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Geovania Nogueira Nunes, no município de Itatim, 235 km de Salvador. O projeto, intitulado ‘Toxicidade de plantas medicinais em larvas do mosquito Aedes Aegypti’, foi desenvolvido no âmbito do Programa Ciência na Escola da Secretaria da Educação do Estado da Bahia.

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Cristiana Couto contou que a experiência foi feita com o extrato dos vegetais, que é retirado após colocar as folhas das plantas secando por alguns dias. Depois, as plantas são trituradas e deixadas em conserva, em um recipiente com solvente orgânico, para retirar o extrato. O próximo passo foi colocar 19ml da água parada e 1ml do extrato das ervas em cada copo e aguardar até que todas as larvas estivessem mortas


Noemy de Souza Queiroz explicou que as reações foram diferentes. Com o extrato da erva-cidreira, as larvas ficaram agitadas, mas foram eliminadas em 14 horas. Já no copo com a solução de eucalipto, as larvas não agitaram, mas morreram em 21 horas. As larvas do mosquito utilizadas no experimento foram adquiridas com agentes de endemias da cidade.

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A professora orientadora do projeto, Karine Najla de Jesus, explica que a proposta surgiu de uma pesquisa popular com os moradores. Algumas pessoas indicaram que usavam ervas na prevenção, hipótese que foi confirmada pelas alunas.

A experiência continuará sendo aperfeiçoada durante o ano letivo de 2017, mas o projeto já está alcançando uma repercussão nacional. Além de ser um dos finalistas da 6ª Feciba (Feira de empreendedorismo, Ciências e Inovação da Bahia), o projeto também foi selecionado para a 15ª edição da Febrace (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia), a maior feita da área no País.

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