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Conheça o morador de rua que virou hit na internet cantando Legião Urbana

Jovem não pensa em fama, mas vive em busca de um sonho

Bahia|Do R7

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Tímido e meio desengonçado, o morador de rua baiano que ganhou status de estrela por ter a voz muito parecida com a do cantor Renato Russo ainda não se acostumou com o sucesso que faz nas ruas de Salvador. Reconhecido por onde passa após um vídeo onde aparece cantando ser postado nas redes sociais pela banda Os Africanos, Ismael Kennedy dos Santos Gonçalves, 21 anos, não deixou o semi-estrelato abalar seu senso crítico e diz que não pensa em fama, mas quer viver fazendo o que gosta.  No vídeo, o morador de rua aparece cantando Pais e Filhos, do Legião Urbana. Muito afinado, a história de Kennedy, bem diferente de sua voz, tem altos e baixos. 
O jovem saiu do município de Valença, no sul da Bahia, com 18 anos, em busca de um sonho, de uma oportunidade. Diferente da canção que o revelou, Kennedy não mora com a mãe, que é usuária de drogas. O pai? Nunca foi visitá-lo, na verdade, ele nunca o conheceu. Seu referencial de família é apenas sua tia e avó, que por uma triste coincidência do destino, é uma das fundadoras de um centro de reabilitação para drogados.
A avó, Raquel Cruz, conta que o jovem estudava em escola particular e sempre teve boas oportunidades na vida. Morando com a tia, que não tem filhos, foi criado com todo o amor e carinho, mas as amizades mudaram o rumo da história do menino que gostava de cantar e desenhar e por volta dos 15 anos, Kennedy se envolveu com as drogas.
Segundo a tia, Márcia dos Santos Gonçalves,  desde pequeno ele dizia que queria ser cantor. Criado em uma família evangélica, Kennedy cantava no coral da igreja e sempre demonstrou ter dom para música.  — Me sinto realizado quando as pessoas gostam da minha voz, sempre tive a certeza que Deus me deu um dom. 
Morando em Salvador há três anos, o rapaz não tem residência fixa e conta com a ajuda de amigos e parentes para sobreviver nessa selva de pedra, onde nem sempre sobra tempo para se preocupar com o outro. De vez em quando aparece na casa da prima, Iane Teixeira, toma banho, come, dorme e depois desaparece por mais um tempo. O jovem parece gostar da liberdade que as ruas do centro histórico de Salvador, local que costuma ficar e onde o vídeo foi produzido, proporcionam. Apesar de não ter voltado para a terra natal, o rapaz não abandona a família. Sempre liga para a avó e a tia e elas depositam dinheiro na conta de um amigo, para ajudar Kennedy no que for preciso. 
O jovem do interior optou em fazer das ruas da capital baiana seu lar, mesmo que estes lugares parecem inóspitos em certos momentos. Ele tem uma casa em Valença que a avó construiu, mas prefere viver nas ruas. O irmão de Kennedy tem uma vida menos turbulenta e fez escolhas. Hoje ele é policial e cursa Gestão Pública em uma faculdade no interior. 
O morador de rua trabalha como reciclador “para passar o tempo”, mas a forma que escolheu para conseguir sobreviver foi cantando nos ônibus e ruas de Salvador. No dia a dia aprendeu a conviver com os percalços e administrar a frustração de ser hostilizado enquanto canta em alguns lugares, mas sabe que sempre há alguém disposto a valorizá-lo.  — Muita gente fala mal, manda calar a boca, mas já vi muita gente falar bem, me aplaudir. Isso me traz muita alegria. 
Fã de Legião Urbana e de Renato Russo, Kennedy é só elogios para o cantor e compositor.  — Ele era um poeta da música, a voz dele era muito bonita. Apesar das dificuldades, o jovem de Valença não deixou o sonho de menino morrer.  O morador de rua decidiu lutar e dar mais um passo importante para realização do seu sonho. Acostumado a cantar à capela, Kennedy agora vai aprender a tocar violão com um dos integrantes da banda que o “descobriu”.

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Tímido e meio desengonçado, o morador de rua baiano que ganhou status de estrela por ter a voz muito parecida com a do cantor Renato Russo ainda não se acostumou com o sucesso que faz nas ruas de Salvador. Reconhecido por onde passa após um vídeo onde aparece cantando ser postado nas redes sociais pela banda Os Africanos, Ismael Kennedy dos Santos Gonçalves, 21 anos, não deixou o semi-estrelato abalar seu senso crítico e diz que não pensa em fama, mas quer viver fazendo o que gosta.  No vídeo, o morador de rua aparece cantando Pais e Filhos, do Legião Urbana. Muito afinado, a história de Kennedy, bem diferente de sua voz, tem altos e baixos. 
O jovem saiu do município de Valença, no sul da Bahia, com 18 anos, em busca de um sonho, de uma oportunidade. Diferente da canção que o revelou, Kennedy não mora com a mãe, que é usuária de drogas. O pai? Nunca foi visitá-lo, na verdade, ele nunca o conheceu. Seu referencial de família é apenas sua tia e avó, que por uma triste coincidência do destino, é uma das fundadoras de um centro de reabilitação para drogados.
A avó, Raquel Cruz, conta que o jovem estudava em escola particular e sempre teve boas oportunidades na vida. Morando com a tia, que não tem filhos, foi criado com todo o amor e carinho, mas as amizades mudaram o rumo da história do menino que gostava de cantar e desenhar e por volta dos 15 anos, Kennedy se envolveu com as drogas.
Segundo a tia, Márcia dos Santos Gonçalves,  desde pequeno ele dizia que queria ser cantor. Criado em uma família evangélica, Kennedy cantava no coral da igreja e sempre demonstrou ter dom para música.  — Me sinto realizado quando as pessoas gostam da minha voz, sempre tive a certeza que Deus me deu um dom. 
Morando em Salvador há três anos, o rapaz não tem residência fixa e conta com a ajuda de amigos e parentes para sobreviver nessa selva de pedra, onde nem sempre sobra tempo para se preocupar com o outro. De vez em quando aparece na casa da prima, Iane Teixeira, toma banho, come, dorme e depois desaparece por mais um tempo. O jovem parece gostar da liberdade que as ruas do centro histórico de Salvador, local que costuma ficar e onde o vídeo foi produzido, proporcionam. Apesar de não ter voltado para a terra natal, o rapaz não abandona a família. Sempre liga para a avó e a tia e elas depositam dinheiro na conta de um amigo, para ajudar Kennedy no que for preciso. 
O jovem do interior optou em fazer das ruas da capital baiana seu lar, mesmo que estes lugares parecem inóspitos em certos momentos. Ele tem uma casa em Valença que a avó construiu, mas prefere viver nas ruas. O irmão de Kennedy tem uma vida menos turbulenta e fez escolhas. Hoje ele é policial e cursa Gestão Pública em uma faculdade no interior. 
O morador de rua trabalha como reciclador “para passar o tempo”, mas a forma que escolheu para conseguir sobreviver foi cantando nos ônibus e ruas de Salvador. No dia a dia aprendeu a conviver com os percalços e administrar a frustração de ser hostilizado enquanto canta em alguns lugares, mas sabe que sempre há alguém disposto a valorizá-lo.  — Muita gente fala mal, manda calar a boca, mas já vi muita gente falar bem, me aplaudir. Isso me traz muita alegria. 
Fã de Legião Urbana e de Renato Russo, Kennedy é só elogios para o cantor e compositor.  — Ele era um poeta da música, a voz dele era muito bonita. Apesar das dificuldades, o jovem de Valença não deixou o sonho de menino morrer.  O morador de rua decidiu lutar e dar mais um passo importante para realização do seu sonho. Acostumado a cantar à capela, Kennedy agora vai aprender a tocar violão com um dos integrantes da banda que o “descobriu”.

Tímido e meio desengonçado, o morador de rua baiano que ganhou status de estrela por ter a voz muito parecida com a do cantor Renato Russo ainda não se acostumou com o sucesso que faz nas ruas de Salvador. Reconhecido por onde passa após um vídeo onde aparece cantando ser postado nas redes sociais pela banda Os Africanos, Ismael Kennedy dos Santos Gonçalves, 21 anos, não deixou o semi-estrelato abalar seu senso crítico e diz que não pensa em fama, mas quer viver fazendo o que gosta.  No vídeo, o morador de rua aparece cantando Pais e Filhos, do Legião Urbana. Muito afinado, a história de Kennedy, bem diferente de sua voz, tem altos e baixos. 

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