Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Após reunião de 10 horas, governo deve aumentar concessão de aeroportos

No encontro, ministros discutiram estratégia para construir agenda positiva para o governo

Brasil|

Os primeiros ministros chegaram ao Palácio da Alvorada antes das 9h
Os primeiros ministros chegaram ao Palácio da Alvorada antes das 9h Os primeiros ministros chegaram ao Palácio da Alvorada antes das 9h

Após mais de dez horas, a reunião da presidente Dilma Rousseff com 13 ministros para discutir investimentos em infraestrutura terminou, na noite deste sábado (25), sem informações sobre quais serão os próximos passos.

Ao término do encontro, o Palácio do Planalto anunciou apenas que novas reuniões devem ser programadas para os próximos dias.

Até o momento, não constam compromissos oficiais na agenda da presidente para este domingo, que começará a semana com duas viagens, uma para Xanxerê (SC) e outra para Goiana (PE).

O encontro ocorre num momento em que o governo tenta avançar no lançamento de uma nova rodada de concessões em infraestrutura, já antecipada pelos ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, e da Fazenda, Joaquim Levy.

Publicidade

Na reunião com a presidente, os ministros discutiram uma estratégia para construir uma agenda positiva para o governo, em meio à crise econômica e aos ajustes fiscais promovidos por Levy. O objetivo é destravar o pacote de concessões, que teve início no primeiro mandato de Dilma, e dar início a uma segunda etapa de concessões em infraestrutura.

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, Dilma cobrou a ampliação do número de aeroportos que serão licitados. Já estavam na lista os terminais de Salvador (BA), Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS). Com a ordem da presidente, devem entrar outros, sendo um do Nordeste — Recife ou Fortaleza —, um do Sudeste e um terceiro no Centro-Oeste. Os aeroportos de Goiânia e Vitória foram citados no encontro, mas não há nenhuma definição sobre a inclusão nos futuros leilões.

Publicidade

No fim de março, Barbosa disse que o governo anunciaria "nos próximos dias" concessões dos três aeroportos que já estavam na lista. Já Levy disse na semana passada, em reunião no FMI (Fundo Monetário Internacional) em Washington, nos Estados Unidos, que o governo apresentaria até o início de maio um novo pacote de concessões.

O governo espera que o anúncio de novos investimentos, em um momento de dificuldade da economia brasileira, possa criar um ambiente positivo em um cenário de inflação elevada, ajuste fiscal e de expectativa de retração do PIB (Produto Interno Bruto).

Publicidade

Com tudo isso, é previsto que o governo anuncie concessões nas áreas de ferrovias, rodovias e aeroportos, podendo ainda elaborar um planejamento envolvendo hidrovias e portos. Caberá a Nelson Barbosa, coordenador do programa de investimentos do governo, levar para o encontro as opções para fechar uma segunda etapa do programa de concessões de infraestrutura.

O encontro

Os primeiros ministros chegaram ao Palácio da Alvorada ainda antes das 9h e alguns só saíram por volta das 19h30. Entre os primeiros a chegar estavam Barbosa e Levy e o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. O ministro Edinho Araújo, da Secretaria Especial de Portos, foi o último a chegar, por volta das 18h. Além de ministros, estiveram presentes também técnicos do governo e quatro representantes dos bancos públicos.

Entre os técnicos confirmados estavam quatro secretários da Fazenda: Tarcísio Massote de Godoy (secretário-executivo), Fabricio do Rozario Valle Dantas Leite (secretário-executivo-adjunto), Marcelo Barbosa Saintive (Tesouro Nacional) e Paulo Guilherme Farah Corrêa (Acompanhamento Econômico).

Entre os ministros, participaram também Izabella Teixeira (Meio Ambiente), Kátia Abreu (Agricultura), Edinho Silva (Comunicação Social), Antônio Carlos Rodrigues (Transportes), Gilberto Occhi (Integração Nacional), Eliseu Padilha (Aviação Civil), Gilberto Kassab (Cidades), e Ricardo Berzoini (Comunicações).

Como representantes de instituições financeiras, participaram Miriam Belchior, presidente da Caixa Econômica Federal, Alexandre Abreu, presidente do Banco do Brasil e Wagner Bittencourt, vice-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O vice-presidente de Infraestrutura do Banco do Brasil, César Borges, também participou da reunião.

O ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, deixou o Palácio da Alvorada no começo da tarde deste sábado, mas não quis falar com a imprensa.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.