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Chance de Dilma ser afastada é de 90%, avaliam senadores petistas

Aliados avaliam que dificilmente presidente conseguiria retornar ao cargo

Brasil|

Após derrota na Câmara, governo enfrenta mais dificuldades no Senado
Após derrota na Câmara, governo enfrenta mais dificuldades no Senado Após derrota na Câmara, governo enfrenta mais dificuldades no Senado

Um dia após a Câmara ter decidido aprovar a abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, senadores do PT e de outros partidos da base aliada admitiram que a chance de afastamento da petista é de 90%.

Em encontro a portas fechadas promovido na liderança do governo no Senado nesta segunda-feira (18) os participantes reconheceram que a situação da presidente é, nas palavras de um deles, "muito difícil", mas não "irreversível".

Durante a reunião, a avaliação geral foi de que, apesar do momento adverso, o governo tem chances de impedir o afastamento de Dilma no Senado. A estratégia dos senadores é impedir que se aprove a instauração do processo por maioria simples do plenário da Casa, o que levaria à automática assunção do vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) ao comando do Palácio do Planalto.

Reservadamente, os petistas e aliados consideram que, se Dilma for afastada, não terá condições políticas de voltar futuramente. O consenso dos presentes ao encontro foi de que a presidente não escaparia da condenação no processo pelo plenário a ser aprovada por dois terços dos senadores, o que representa 54 dos 81 parlamentares.

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Os senadores governistas devem investir em várias frentes para tentar reverter o quadro adverso: a atuação do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), adversário histórico de Temer no PMDB; o trabalho de convencimento dos indecisos e de reversão de votos de ex-aliados e o uso de ações judiciais para barrar eventuais situações adversas, como prazos regimentais encurtados e escolha de integrantes da Comissão Especial para funções-chave como presidência e relatoria.

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O PSB é um dos alvos: na Câmara, o partido fechou questão a favor do impeachment e, dos 32 deputados, 29 se manifestaram contrários a Dilma. O partido, com sete senadores, divulgou nota contra a punição da presidente.

Os petistas vão rejeitar qualquer indicação para a relatoria da comissão de um senador filiado a partido interessado no impeachment de Dilma, como é o caso da senadora Ana Amélia (PP-RS), partido que fechou questão a favor do afastamento da presidente. "Podemos até não fazer a indicação do PT, mas temos que participar disso", disse o líder do governo no Senado, Humberto Costa (PE).

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