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Cláudia Cruz é condenada a 2 anos e 6 meses de prisão na Lava Jato

Mulher de Eduardo Cunha (MDB-RJ) foi condenada por manter no exterior recursos não declarados. Ela foi inocentada por lavagem de dinheiro

Brasil|Diego Junqueira, do R7

Cruz é acusada de gastar recursos de propina em lojas de grife fora do Brasil
Cruz é acusada de gastar recursos de propina em lojas de grife fora do Brasil

A 8ª Turma do TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) condenou nesta quarta-feira (18) a jornalista Cláudia Cordeiro Cruz, mulher do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (MDB-RJ), a 2 anos e 6 meses de prisão por evasão de divisas. Ela foi inocentada da acusação de lavagem de dinheiro.

A pena deverá ser cumprida inicialmente em regime aberto e posteriormente será substituída por restrição de direitos — o que ainda será definido pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Criminal de Curitiba (PR), onde o processo correu na 1ª instância.

Cláudia foi acusada pelo Ministério Público Federal de ter recebido em uma conta secreta na Suíça parte da propina paga a Eduardo Cunha por contratos firmados pela Petrobras no continente africano.

A compra de 50% dos direitos de exploração de um campo de petróleo na República do Benin, na África, por US$ 10 milhões, teria rendido a Cunha cerca de US$ 1,5 milhão em propinas, de acordo com o MPF. Esse dinheiro foi pulverizado em três contas na Suíça, sendo uma delas, a Köpek, no Banco Julius Bär, mantida por Cláudia Cruz.

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Para os procuradores, a mulher de Cunha pagou despesas pessoais com esses recursos, incluindo mais de R$ 150 mil em lojas de grife na Europa e nos EUA.

Na primeira instância, contudo, Moro inocentou Cruz. Ele considerou que não havia provas de que os recursos depositados na conta da jornalista tivessem como origem a propina paga a Cunha. O MPF então recorreu ao TRF4 (tribunal de apelação da Lava Jato) para que a absolvição fosse reformada.

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Na 8ª Turma, em julgamento iniciado em maio e concluído nesta quarta, os desembargadores João Pedro Gebran Neto (relator), Leandro Paulsen (revisor) e Victor Luiz dos Santos Laus também consideraram não haver provas "inequívocas" para o crime de lavagem de dinheiro. Com isso, eles decidiram liberar 176.670 francos suíços ( cerca R$ 677 mil) da conta da Köpek que estavam bloqueados pela Justiça.

Com relação ao crime de evasão de divisas, os desembargadores a consideram culpada e determinaram pena de 2 anos e 6 meses por manter no exterior recursos não declarados à Receita Federal.

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O advogado Pierpaolo Bottini, que defende Cláudia Cruz, disse em nota que "a decisão manteve em parte os termos da sentença do juiz Sérgio Moro, que tinha absolvido Cláudia Cruz das duas acusações".

Ele afirma ser "positiva a absolvição pelo crime de lavagem" e diz que questionará a condenação por evasão pelos recursos cabíveis, considerando que a decisão do TRF4 não foi unânime.

A gastança de Cunha: conheça os restaurantes e hoteis de luxo frequentados pelo ex-deputado

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Antes de se tornarem réus na Operação Lava Jato, o ex-deputado federal preso preventivamente nesta quarta-feira (19), Eduardo Cunha, (PMDB-RJ) e a mulher, Claudia Cruz, viajaram muito. Segundo a Procuradoria-Geral da República, o casal se hospedou em alguns dos melhores hotéis do mundo e jantou em restaurantes renomados. Tudo isso com dinheiro de corrupção. Neste dia em que o futuro parlamentar do peemedebista pode ser decidido, o R7 mostra para você os lugares por onde ele andou nos últimos anos
Antes, vamos lembrar que as investigações apontam que cartões de crédito de Claudia Cruz (foto) eram usados nas viagens internacionais da família. Os cartões eram emitidos por um banco suíço e pagos com dinheiro de Claudia em uma conta que mantinha naquele país. De acordo com a Procuradoria, essa conta era abastecida por Cunha, com dinheiro de propina. A própria mulher dele falou em depoimento que era o ex-deputado quem autorizava os gastos
Pelo histórico de viagens feito pelos procuradores da Lava Jato, Paris aparece como uma das cidades favoritas do casal e também onde eles mais gastaram
Em determinada ocasião, o ex-deputado foi flagrado com a mulher no restaurante La Tour d'Argent
Na imagem, eles aparecem tomando champanhe
O restaurante sempre foi considerado um dos mais refinados e caros da capital francesa
Em fevereiro do ano passado, Cunha e a família viajaram mais uma vez para Paris e se hospedaram no hotel Plaza Athénée (foto), um dos mais sofisticados da cidade. As diárias custaram US$ 15.880,26 (R$ 45,6 mil, naquela época)
O hotel é frequentado por famosos e bilionários que viajam à capital francesa
Em um dos dias, eles foram ao restaurante Guy Savoy, que possui três estrelas no Guia Michelin. Segundo o site do restaurante, os preços médios de um prato variam entre 200 e 390 euros (de R$ 780 a R$ 1.520, na cotação atual), excluindo bebidas
O extrato do cartão de Claudia Cruz mostra despesa de US$ 1.357,24 (R$ 3.900, naquela época)
Outro restaurante frequentado por Cunha foi o Le Grand Véfour, também três estrelas no Guia Michelin. A conta foi de US$ 1.177,76 (R$ 5.050, na cotação do dólar daquela data)
Les Tablettes - Jean-Louis Nomicos, outro restaurante premiado, a família gastou US$ 965,69 (R$ 2.745 à época)
O restaurante fica em um dos bairros mais ricos da capital francesa, o 16º arrondissement
Em fevereiro de 2013, Cunha se hospedou neste hotel, o Crillon, um verdadeiro palácio na capital francesa. Gastou com hospedagem nada menos do que US$ 5,9 mil (R$ 11,5 mil, na cotação daquela data). Hoje, o hotel está fechado para reforma
Na mesma viagem, ele também passou por este hotel em Zurique, na Suíça
A conta: US$ 3.600 (cerca de R$ 7.000, na cotação daquela época)
Ainda nessa viagem, Cunha e a mulher ficaram também no Grand Hotel Dolder, também em Zurique
Segundo a PGR, em cinco dias, ele gastou US$ 1.000 (quase R$ 2.000 à época) 
O hotel escolhido por Cunha é um dos mais exclusivos da Suíça
Sem dúvida, um dos pontos altos da vida de gastança de Eduardo Cunha e da mulher foi a hospedagem deles no hotel Burj al Arab, em Dubai, nos Emirados Árabes, em abril de 2014. O cartão dela foi utilizado para pagar uma conta de US$ 5.927 (naquela época, mais de R$ 13 mil)
O hotel é o único sete estrelas do mundo. Os hóspedes são transportados por carros Rolls-Royce
Veneza, um dos destinos mais românticos do mundo, também foi escolhido pelo casal Cunha para torrar dinheiro de propina, segundo a Procuradoria. Foi neste hotel, o Danieli, que eles ficaram, em março de 2014
Cunha e a mulher pagaram pela hospedagem US$ 4.900 (R$ 11.300, naquela data)
Em Barcelona (Espanha), outro hotel de luxo. Desta vez, o W Barcelona, em março de 2013
Para se hospedar neste hotel que já recebeu membros de famílias reais do Oriente Médio, o ex-deputado desembolsou US$ 3.500 (aproximadamente R$ 7.000, naquela data)
Um dos principais atrativos deste hotel de luxo é a vista panorâmica para o Mar Mediterrâneo
Uma das viagens que mais deixa evidente o descompasso entre os gastos da família do ex-deputado e o salário dele é a do réveillon 2012/2013, quando eles foram para Miami (EUA). Em apenas uma semana, o cartão de crédito suíço de Claudia Cruz pagou despesas que somaram US$ 42,2 mil (R$ 86 mil à época)
Metade dessa cifra foi utilizada para pagar a hospedagem no luxuoso The Perry (foto)
Em South Beach, a família foi comer no restaurante de frutos do mar Joe's Stone Crab. A conta foi de US$ 1.200 (cerca de R$ 2.400 à época)
A família gastou mais de US$ 6.100 (R$ 12,3 mil) em outros almoços e jantares naquela viagem, incluindo o renomado Nobu (foto)
Em Nova York, o ex-deputado jantou no Per Se, do renomado chef Thomas Keller, onde deixou US$ 1.900 (quase R$ 4.000 à época), em fevereiro de 2013
A hospedagem em Nova York, no hotel Hilton, custou US$ 2.700 (R$ 5.500)

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Antes de se tornarem réus na Operação Lava Jato, o ex-deputado federal preso preventivamente nesta quarta-feira (19), Eduardo Cunha, (PMDB-RJ) e a mulher, Claudia Cruz, viajaram muito. Segundo a Procuradoria-Geral da República, o casal se hospedou em alguns dos melhores hotéis do mundo e jantou em restaurantes renomados. Tudo isso com dinheiro de corrupção. Neste dia em que o futuro parlamentar do peemedebista pode ser decidido, o R7 mostra para você os lugares por onde ele andou nos últimos anos
Antes, vamos lembrar que as investigações apontam que cartões de crédito de Claudia Cruz (foto) eram usados nas viagens internacionais da família. Os cartões eram emitidos por um banco suíço e pagos com dinheiro de Claudia em uma conta que mantinha naquele país. De acordo com a Procuradoria, essa conta era abastecida por Cunha, com dinheiro de propina. A própria mulher dele falou em depoimento que era o ex-deputado quem autorizava os gastos
Pelo histórico de viagens feito pelos procuradores da Lava Jato, Paris aparece como uma das cidades favoritas do casal e também onde eles mais gastaram
Em determinada ocasião, o ex-deputado foi flagrado com a mulher no restaurante La Tour d'Argent
Na imagem, eles aparecem tomando champanhe
O restaurante sempre foi considerado um dos mais refinados e caros da capital francesa
Em fevereiro do ano passado, Cunha e a família viajaram mais uma vez para Paris e se hospedaram no hotel Plaza Athénée (foto), um dos mais sofisticados da cidade. As diárias custaram US$ 15.880,26 (R$ 45,6 mil, naquela época)
O hotel é frequentado por famosos e bilionários que viajam à capital francesa
Em um dos dias, eles foram ao restaurante Guy Savoy, que possui três estrelas no Guia Michelin. Segundo o site do restaurante, os preços médios de um prato variam entre 200 e 390 euros (de R$ 780 a R$ 1.520, na cotação atual), excluindo bebidas
O extrato do cartão de Claudia Cruz mostra despesa de US$ 1.357,24 (R$ 3.900, naquela época)
Outro restaurante frequentado por Cunha foi o Le Grand Véfour, também três estrelas no Guia Michelin. A conta foi de US$ 1.177,76 (R$ 5.050, na cotação do dólar daquela data)
Les Tablettes - Jean-Louis Nomicos, outro restaurante premiado, a família gastou US$ 965,69 (R$ 2.745 à época)
O restaurante fica em um dos bairros mais ricos da capital francesa, o 16º arrondissement
Em fevereiro de 2013, Cunha se hospedou neste hotel, o Crillon, um verdadeiro palácio na capital francesa. Gastou com hospedagem nada menos do que US$ 5,9 mil (R$ 11,5 mil, na cotação daquela data). Hoje, o hotel está fechado para reforma
Na mesma viagem, ele também passou por este hotel em Zurique, na Suíça
A conta: US$ 3.600 (cerca de R$ 7.000, na cotação daquela época)
Ainda nessa viagem, Cunha e a mulher ficaram também no Grand Hotel Dolder, também em Zurique
Segundo a PGR, em cinco dias, ele gastou US$ 1.000 (quase R$ 2.000 à época) 
O hotel escolhido por Cunha é um dos mais exclusivos da Suíça
Sem dúvida, um dos pontos altos da vida de gastança de Eduardo Cunha e da mulher foi a hospedagem deles no hotel Burj al Arab, em Dubai, nos Emirados Árabes, em abril de 2014. O cartão dela foi utilizado para pagar uma conta de US$ 5.927 (naquela época, mais de R$ 13 mil)
O hotel é o único sete estrelas do mundo. Os hóspedes são transportados por carros Rolls-Royce
Veneza, um dos destinos mais românticos do mundo, também foi escolhido pelo casal Cunha para torrar dinheiro de propina, segundo a Procuradoria. Foi neste hotel, o Danieli, que eles ficaram, em março de 2014
Cunha e a mulher pagaram pela hospedagem US$ 4.900 (R$ 11.300, naquela data)
Em Barcelona (Espanha), outro hotel de luxo. Desta vez, o W Barcelona, em março de 2013
Para se hospedar neste hotel que já recebeu membros de famílias reais do Oriente Médio, o ex-deputado desembolsou US$ 3.500 (aproximadamente R$ 7.000, naquela data)
Um dos principais atrativos deste hotel de luxo é a vista panorâmica para o Mar Mediterrâneo
Uma das viagens que mais deixa evidente o descompasso entre os gastos da família do ex-deputado e o salário dele é a do réveillon 2012/2013, quando eles foram para Miami (EUA). Em apenas uma semana, o cartão de crédito suíço de Claudia Cruz pagou despesas que somaram US$ 42,2 mil (R$ 86 mil à época)
Metade dessa cifra foi utilizada para pagar a hospedagem no luxuoso The Perry (foto)
Em South Beach, a família foi comer no restaurante de frutos do mar Joe's Stone Crab. A conta foi de US$ 1.200 (cerca de R$ 2.400 à época)
A família gastou mais de US$ 6.100 (R$ 12,3 mil) em outros almoços e jantares naquela viagem, incluindo o renomado Nobu (foto)
Em Nova York, o ex-deputado jantou no Per Se, do renomado chef Thomas Keller, onde deixou US$ 1.900 (quase R$ 4.000 à época), em fevereiro de 2013
A hospedagem em Nova York, no hotel Hilton, custou US$ 2.700 (R$ 5.500)

Antes de se tornarem réus na Operação Lava Jato, o ex-deputado federal preso preventivamente nesta quarta-feira (19), Eduardo Cunha, (PMDB-RJ) e a mulher, Claudia Cruz, viajaram muito. Segundo a Procuradoria-Geral da República, o casal se hospedou em a...

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