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Com "empurrão" de PC Farias, carreira de Cunha tem suspeitas de irregularidades desde os anos 90

À frente da Telerj, primeiro cargo público que ocupou, peemedebista já enfrentou acusações

Brasil|Do R7

Cunha nega envolvimento em esquema de PC Farias
Cunha nega envolvimento em esquema de PC Farias Cunha nega envolvimento em esquema de PC Farias

O ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso pela Operação Lava Jato na tarde desta quarta-feira (19), atuou em campanhas para o governo do Rio de Janeiro nos anos 80, mas foi em 1991 que passou a exercer um cargo público, o de presidente da Telerj, a estatal de telecomunicações do Rio de Janeiro, no governo de Moreira Franco (PMDB), atualmente secretário do Programa de Parcerias de Investimentos do governo Michel Temer (PMDB).

Para a nomeação, Cunha contou com a ajuda de Paulo César Farias, o PC Farias, tesoureiro da campanha de Fernando Collor à Presidência da República. A gestão de Cunha à frente da Telerj foi marcada por acusações de irregularidades em licitação.

No começo dos anos 90, Cunha também negou envolvimento no esquema de PC Farias após ser acusado de integrar rede para levantar recursos ilegais de empresários.

Com a queda de Collor, o deputado federal cassado foi substituído no comando da Telerj. Em carta ao conselho de administração da estatal, Cunha alegou motivos pessoais para renunciar ao cargo. "A Telerj nunca foi investigada e contra ela não foi levantada qualquer suspeita", escreveu à época, segundo reportagem de 1993 do jornal O Estado de S.Paulo.

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No entanto, Cunha retornou à Telerj três anos depois do afastamento, em 1996, e presidiu a estatal até a sua privatização dois anos depois.

Ele também integrou o governo de Anthony Garotinho (1998-2002) no comando da Cehab (Companhia Estadual de Habitação). A curta passagem foi pontuada por denúncias, como tráfico de influência, fraudes em licitações e desvios de taxas cobradas por cartórios, conforme informou a imprensa à época. Entre elas, Cunha foi acusado de favorecer empreiteira vencedora de concorrências consideradas irregulares pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado).

As irregularidades foram denunciadas em 2001 pelo TCE, mas o processo foi arquivado com base em um documento que, mais tarde, foi considerado falso. Mais de dez anos depois, o TCE reabriu as investigações sobre fraudes em contratos da Cehab durante a gestão de Cunha.

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