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Eduardo Cunha é preso pela Lava Jato em Brasília

Ex-presidente da Câmara é réu por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas

Brasil|Do R7

Eduardo Cunha teve o mandato de deputado cassado no dia 12 de setembro
Eduardo Cunha teve o mandato de deputado cassado no dia 12 de setembro Eduardo Cunha teve o mandato de deputado cassado no dia 12 de setembro

O ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi preso, por volta das 13h20 desta quarta-feira (19), pela operação Lava Jato. De acordo com a Polícia Federal, a prisão aconteceu próximo ao prédio em que ele mora em Brasília, na Asa Sul. Cunha teve o mandato cassado em setembro deste ano. 

O pedido de prisão preventiva do ex-presidente da Câmara foi feito pelo MPF (Ministério Público Federal) e acatado pelo juiz Sérgio Moro em despacho emitido nesta terça-feira (18). O MPF pediu, ainda, o bloqueio de mais de R$ 220 milhões de bens de Cunha.

Os procuradores sustentaram que "a liberdade do ex-parlamentar representava risco à instrução do processo, à ordem pública, como também a possibilidade concreta de fuga em virtude da disponibilidade de recursos ocultos no exterior, além da dupla nacionalidade (Cunha é italiano e brasileiro)".

Cunha foi levado para o hangar da Polícia Federal, de onde embarcou para Curitiba. A previsão é de que o avião chegue à capital paranaense por volta das 17h.

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No despacho, Moro autorizou que a Polícia Federal entrasse na casa do peemedebista no Rio de Janeiro, caso houvesse necessidade. Apesar de o ex-deputado não ter sido encontrado em seu endereço oficial, os agentes da PF realizaram buscas na casa. 

Testemunha da mulher de Cunha afirma que o peemedebista nunca lhe explicou sobre dinheiro na Suíça

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Cunha se tornou réu na Lava Jato em primeira instância, no dia 13 deste mês, pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão fraudulenta de divisas pela manutenção de contas secretas na Suíça que teriam recebido propina no esquema na Petrobras.

O processo foi remetido para a primeira instância em Curitiba pois Cunha perdeu foro privilegiado desde que foi cassado pela Câmara, por 450 votos a 10, no dia 12 de setembro. Com isso, o Supremo remeteu a ação para Curitiba.

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Antes de receber essa ação, Moro já julgava outra ação penal que tem como ré a mulher do ex-parlamentar Cláudia Cruz, acusada de lavagem e evasão de US$ 1 milhão oriundos de crimes que teriam sido praticados pelo seu marido e que foram utilizados para compras em lojas de luxo no exterior. Além disso, uma das filhas do peemedebista, Danielle Dytz da Cunha também é investigada pela força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.

Nesta ação, a segunda em que Cunha é réu na Lava Jato, o deputado cassado teria recebido em suas contas na Suíça propinas de ao menos R$ 5 milhões referentes a aquisição, pela Petrobras, de 50% do bloco 4 de um campo de exploração de petróleo na costa do Benin, na África, em 2011. O negócio foi tocado pela Diretoria Internacional da estatal, cota do PMDB no esquema de corrupção.

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Parte destes recursos foi repassada para Cláudia Cruz, também em contas no exterior, e a transação está sendo investigada na ação contra a mulher do peemedebista.

A outra ação aberta contra o peemedebista pelo Supremo foi remetida para o Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no Rio de Janeiro, por envolver a prefeita de Rio Bonito (RJ), Solange Almeida, acusada de atuar a mando de Cunha na Câmara para achacar uma empresa que não estava pagando propina ao parlamentar. Nesta ação, o peemedebista é acusado de receber ao menos US$ 5 milhões em propinas referentes a contratos de navios-sonda da Petrobras.

O peemedebista sempre negou ser proprietário das contas no exterior que foram descobertas pelo Ministério Público da Suíça em cooperação com os investigadores brasileiros. Ele chegou a ser investigado no país europeu, mas graças a um acordo de cooperação, o MP suíço encaminhou o caso para que fosse julgado pelas autoridades brasileiras já que, mesmo que fosse condenado naquele país, ele não poderia ser extraditado por ser cidadão brasileiro.

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