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Com salário de R$ 8.000, ex-chefe de gabinete pedia subornos modestos

Entre os mimos estão cruzeiro sertanejo e cirurgias plásticas

Brasil|Do R7

Com um salário líquido de R$ 8.549,26, a ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo, Rosemary Novoa de Noronha, era modesta nas contrapartidas que pedia para realizar tráfico de influência em órgãos do governo federal.

No inquérito da PF (Polícia Federal) referente à operação Porto Seguro, foram levantados “auxílios e favores financeiros” que Rosemary recebeu. Dentre os mimos estão uma viagem de cruzeiro os cantores Bruno e Marrone em 2010. Uma cabine dupla no navio custava R$ 2,5 mil na época.

Ela também conseguiu emprego para parentes, armários novos, a realização de cirurgias e o pagamentos das prestações de uma casa.

Rosemary, que durante mais de dez anos foi secretária do ex-ministro José Dirceu e também trabalhou com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi indiciada pela PF por suspeita de envolvimento com organização criminosa que atuava junto a órgãos do governo para obter pareceres técnicos fraudulentos.

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Rose, como é conhecida no PT, solicitou ao grupo que organizava o esquema favorecimento para a empresa de seu genro Carlo Torres, dono de uma pequena construtora em São Paulo.

A PF apurou ainda que ela pediu o pagamento de prestações de imóveis em nome da cooperativa imobiliária ligada ao Sindicato dos Bancários de São Paulo, a Bancoop. A entidade já foi presidida por João Vaccari Neto, hoje tesoureiro do PT. Os boletos da Bancoop pagos totalizam R$ 13.805,33.

A ex-chefe de gabinete conseguiu ainda que sua filha Mirelle, que é publicitária, fosse nomeada na diretoria de Infraestrutrura Aeroportuária da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). À época, o titular cujo titular era Rubens Carlos Vieira, que foi um dos presos na operação Porto Seguro.

Segundo a apuração da PF, ela teria ganhado até cirurgias plásticas para ajudar a quadrilha a ter melhor trânsito e obter favores em órgãos do governo.

Para a PF, há comprovação da participação de servidores corrompidos da ANA (Agência Nacional de Águas), Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Antac (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), AGU (Advocacia Geral da União), TCU (Tribunal de Contas da União) e MEC (Ministério da Educação e Cultura).

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