Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Notícias R7 – Brasil, mundo, saúde, política, empregos e mais

Comissão da verdade investigará se 44 mortes na ditadura foram realmente suicídio

Suspeita é de que homicídios foram disfarçados para encobrir crimes

Brasil|Do R7


Luiz Eurico Tejera Lisbôa, o Ico, morto na época da Ditadura, tido como "suicidado"
Luiz Eurico Tejera Lisbôa, o Ico, morto na época da Ditadura, tido como "suicidado"

A CNV (Comissão Nacional da Verdade) identificou 44 casos do que chamou de "suicidados" pela ditadura, e passará a analisar com maior profundidade as circunstâncias da morte dos opositores do regime ditatorial no Brasil. A suspeita se deve ao fato de as mortes terem sido registradas como suicídio, porém, os laudos necroscópicos, fotos e outros registros apontarem inconsistências, levando a acreditar em uma farsa criada pelo governo.

A comissão irá usar técnicas de perícia para tentar solucionar as possíveis fraudes criadas pelo regime ditatorial para disfarçar as circunstâncias reais das mortes.

Entre os casos emblemáticos, se destaca o de Luiz Eurico Tejera Lisboa, o Ico, morto em São Paulo em 1972. Ele foi enterrado sob o nome falso de Nelson Bueno no cemitério de Perus. À época, a morte foi registrada como suicídio, mesmo seu corpo tendo sido encontrado com um tiro na cabeça.

Leia mais notícias de Brasil no Portal R7


Dilma doará indenização que receberá por tortura durante ditadura

Presidente ordenou extermínio na ditadura, diz Comissão


Diversos peritos preparam a lista de casos a serem analisados. Sobre o caso de Ico, Claudio Fonteles, coordenador da CNV, é pontual.

— Eurico Tejera foi "suicidado". Mataram ele. Ele não se suicidou coisa nenhuma.


Os peritos que analisarão estes casos também investigam a morte do ex-presidente Juscelino Kubitscheck, em 1976. A versão oficial consta que o carro em que o político estava bateu de frente com um caminhão em uma rodovia. Porém, investigações desde a década de 1980 já lançavam dúvidas sobre uma possível veia criminal no acidente.

Exumação de João Goulart

A CNV, o MPF-RS (Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul) e SDH (Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República) conduzirão a exumação do corpo do ex-presidente João Goulart. O político morreu na Argentina em 6 de dezembro de 1976.

Ex-agente da Ditadura diz que Dilma integrou grupos terroristas para implantar o comunismo no Brasil

Indenizações da ditadura excluem os "sem partido"

Há a suspeita de que sua morte tenha sido articulada pela ditadura, com o apoio dos regimes ditatoriais de outros países da América do Sul. A suspeita cresceu após um ex-agente confirmar que o ex-presidente foi vigiado durante seu exílio no país vizinho.

Ao chegar ao Brasil, o corpo de Jango não passou por nenhuma autópsia, por imposição do regime militar.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.