Comissão de Ética da Presidência abre investigação contra Ideli
Ministra usou helicóptero da PRF durante viagens à SC. Ela tem dez dias para recorrer
Brasil|, com R7
A Comissão de Ética Pública da Presidência decidiu, nesta segunda-feira (11), investigar a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, pelo uso de helicóptero da Polícia Rodoviária Federal durante viagens à Santa Catarina. A comissão também fez uma advertência ao presidente do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), Vinicius Carvalho, por estar filiado ao PT quando assumiu o cargo.
No caso de Ideli, a comissão decidiu abrir uma investigação sobre a utilização pela ministra de helicóptero da Polícia Rodoviária Federal durante viagens a Santa Catarina, reduto eleitoral da ministra, de acordo com o presidente da Comissão de Ética, Américo Lacombe.
— Abrimos o processo contra ela. Abrimos procedimento, pedimos informações a ela. Não está designado o relator.
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Segundo ele, a ministra terá dez dias para se explicar ao colegiado.
— Se ela quiser pedir mais [dias], a gente normalmente dá, porque acho que o problema de ampla defesa é sagrado. Se não, não temos democracia neste País.
Já em relação ao comandante do Cade, Lacombe explicou hoje que "ele [Carvalho] não tomou providências necessárias para cancelar o registro dele do partido".
— Ele pediu, mas não foi atrás, não foi à Justiça Eleitoral. Tanto que algum tempo depois, depois de ele já ter se desligado do partido, numa relação do partido aparece o nome dele como integrante. Ele já não era mais integrante, mas não tomou esses cuidados. Não basta entrar com requerimento e dizer 'eu quero o cancelamento do partido'. É preciso que você, principalmente se você tem cargo público... Ele não teve essa cautela.
Carvalho também é alvo de um pedido feito pelo PSDB junto à Mesa Diretora do Senado que quer que seja aberto processo para retirá-lo do comando do Cade.
Além da filiação ao PT, os tucanos afirmam que Carvalho teve atuação política na divulgação de um cartel que teria atuado nas licitações do metrô de São Paulo, Estado governado pelo PSDB, após a Siemens — empresa alemã que teria participado do esquema — fazer um acordo de leniência com a autoridade de defesa da concorrência.