O ex-deputado federal e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi levado por agentes da PF (Polícia Federal) nesta quinta-feira (20) para fazer exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal) de Curitiba (PR). Os testes no IML são praxe após as prisões.
Cunha passou a noite em uma cela isolado na carceragem da PF em Curitiba, onde está preso desde a última quarta-feira (19).
Além de Cunha, outras "personalidades políticas" estão presas no local, como o ex-ministro da Casa Civil e da Fazenda Antônio Palocci, o empreiteiro Marcelo Bahia Odebrecht e o doleiro Alberto Youssef.
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Eduardo Cunha é acusado, nesta ação, de receber em suas contas na Suíça propinas de ao menos R$ 5 milhões referentes a aquisição, pela Petrobras, de 50% do bloco 4 de um campo de exploração de petróleo na costa do Benin, na África, em 2011. O negócio foi tocado pela Diretoria Internacional da estatal, cota do PMDB no esquema de corrupção.
A prisão do ex-deputado federal foi determinada por Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), que destacou, em sua decisão, o "caráter serial dos crimes" de Cunha. Moro também decretou o congelamento de R$ 220 milhões do peemedebista.
O juiz usou como fundamentos do decreto de prisão de Eduardo Cunha "risco à ordem pública e à instrução do processo" — o ex-parlamentar é acusado de manter contas secretas na Suíça abastecidas por propina do esquema da Petrobras.