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Delator diz que Aécio recebeu R$ 80 mi para campanha e 'continuou pedindo mais'

Ainda de acordo com o depoimento, Joesley Batista sempre "correu" do senador

Brasil|

Delator não deu detalhes sobre a forma do repasse ao tucano
Delator não deu detalhes sobre a forma do repasse ao tucano Delator não deu detalhes sobre a forma do repasse ao tucano

Em delação ao Ministério Público, o diretor de Relações Institucionais e de Governo da JBS, Ricardo Saud, relatou, no último dia 7, que o grupo pagou R$ 80 milhões para a campanha do então candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves. Principal braço direito de Joesley Batista, dono da JBS, nas negociações com políticos do governo ou da oposição, Saud não deu detalhes sobre a forma do repasse ao tucano, mas disse que as "questões" eram na maioria das vezes "ilícitas".

O delator contou que Joesley sempre "correu" do candidato. "Ele [Aécio] continuou pedindo mais dinheiro após a campanha", relatou. Saud ainda contou que um homem de prenome Fred era o interlocutor de Aécio para receber o dinheiro, sempre em shopping center movimentado.

O dinheiro era guardado por Fred numa mochila de cor preta. Uma pessoa próxima de Aécio conhecida por Fred é o primo dele Frederico Pacheco de Medeiros, preso no âmbito das investigações nesta quinta-feira (18). O delator ainda contou que pagava "propina" a dois intermediários de Eduardo Cunha, Altair e Lúcio Funaro.

Delação

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O STF (Supremo Tribunal Federal) divulgou na tarde desta sexta-feira (19) a íntegra da delação premiada dos empresários Joesley e Wesley Batista, donos do grupo JBS, controlador do frigorífico Friboi. A medida foi tomada após o ministro Edson Fachin homologar os depoimentos, firmados com a PGR (Procuradoria-Geral da República). São cerca de 2 mil páginas. As oitivas foram gravadas em vídeo.

Na quinta-feira (18), após retirar o sigilo dos depoimentos, o STF divulgou o áudio gravado pelo empresário Joesley Batista em uma reunião com o presidente Michel Temer. A prova faz parte da investigação que foi aberta contra o presidente na Suprema Corte. Também foram citados os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Zezé Perrella (PMDB-MG), além da ex-presidenta Dilma Rousseff e o ex-ministro Guido Mantega.

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