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Denúncias de tráfico de mulheres aumentaram mais de 1.500% em 2013

Serviço do disque-mulher foi acessado por mais da metade das cidades do País no 1º semestre

Brasil|Carolina Martins, do R7, em Brasília

Ministra classificou os números como 'assustadores', mas disse que existe uma tendência de diminuição do número de casos
Ministra classificou os números como 'assustadores', mas disse que existe uma tendência de diminuição do número de casos Ministra classificou os números como 'assustadores', mas disse que existe uma tendência de diminuição do número de casos

O “ligue 180”, Central de Atendimento à Mulher da Secretaria de Política para Mulheres da Presidência da República, recebeu 306.201 registros entre janeiro e junho deste ano, de acordo com balanço divulgado nesta segunda-feira (7), pela ministra da Secretaria, Eleonora Menicucci.

A denúncia de tráfico de mulheres foi a que mais cresceu este ano na comparação com 2012. No primeiro semestre do ano passado, foram feitas 17 denúncias. No mesmo período deste ano, foram recebidas 263 denúncias — um crescimento de 1.547%.

Para a ministra Eleonora, os números são assustadores. No entanto, revelam que há uma tendência de solucionar o problema.

— O aumento é assustador para a realidade do problema, mas é absolutamente positivo do ponto de vista da busca e da procurar por um atendimento.

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Das denúncias de tráfico de mulheres, 173 eram casos internacionais e 90 eram no Brasil. Do total, a maioria era referente a tráfico para exploração sexual. Em segundo lugar, aparece a exploração do trabalho, seguido do tráfico para a remoção de órgãos.

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Segundo a Secretaria de Políticas para Mulheres, a denúncia foi feita pela mãe da vítima em quase 20% dos casos. Em 16% das denúncias, a própria vítima foi em busca de ajuda. Mas, na maioria das vezes, em 23% dos casos, quem toma a iniciativa de denunciar são parentes e vizinhos da mulher traficada.

De acordo com a ministra, a partir das denúncias, a Secretaria repassa os casos para a Polícia Federal e as denúncias começam a ser investigadas. Duas quadrilhas de tráfico para exploração sexual já foram desbaratadas a partir das ligações: uma internacional, que levava vítimas brasileiras para Espanha; e uma interna, que traficava mulheres da região Sul para o Norte do País.

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De acordo com os dados, o serviço, que recebe denúncias de violência contra mulher e fornece atendimento às vítimas, foi acessado por 56% dos municípios brasileiros. O Distrito Federal, o Pará e o Rio de Janeiro são as unidades da federação que lideram o ranking nacional de busca pelo “ligue 180”.

Brasileiras no exterior

No primeiro semestre deste ano, a Central de Atendimento à Mulher recebeu 31 ligações de vítimas no exterior. Segundo o balanço, 15 mulheres que vivem na Espanha pediram ajuda. Na Itália, dez vítimas solicitaram atendimento e seis mulheres que vivem em Portugal também recorreram ao “ligue 180”.

Das mais de 306 mil ligações que o serviço recebeu, 36% eram relacionadas a pedido de informações sobre as leis de proteção à mulher. Outros 19% das demandas foram direcionados para a rede de atendimento à mulher e serviços públicos de segurança; 12% eram relatos de violência e houve registros também de reclamações de serviços, algumas configuradas como violências institucional.

Desde que foi implementado, em 2006, o “ligue 180” recebeu 3,3 milhões de ligações.

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