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Deputada vai pedir acareação entre Cunha e executivo que o acusa de receber propina da Petrobras

Eliziane Gama (PPS-MA) quer que os dois fiquem frente a frente na CPI da Petrobras

Brasil|Sandro Guidalli, Do R7, em Brasília

Eliziane Gama vai protocolar requerimento para acareação entre Cunha e o lobista da Odebrecht na segunda-feira (20)
Eliziane Gama vai protocolar requerimento para acareação entre Cunha e o lobista da Odebrecht na segunda-feira (20) Zeca Ribeiro

A deputada Eliziane Gama (PPS-MA) vai entrar com um pedido de acareação entre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o executivo Julio Camargo em sessão da CPI da Petrobras.

O requerimento será protocolado na segunda-feira (20) e , se aprovado, pode colocar os dois frente a frente no mês que vem quando recomeçam as sessões da CPI que investiga a corrupção na Petrobras.

Em depoimento ao juiz Sergio Moro na quinta-feira (16), o executivo e lobista da Toyo Setal, Julio Camargo, afirmou que Eduardo Cunha cobrou o recebimento de US$ 5 milhões (aproximadamente R$ 16 milhões) em propina pelo acerto do aluguel de navios-sonda de exploração pela Petrobras.

O deputado nega e acusa o procurador-geral da República, Rodrigo Janot de constranger o lobista a mudar os depoimentos anteriores a fim de incriminá-lo. 


Nesta sexta-feira (17), Cunha anunciou o rompimento político com o governo Dilma, a quem acusa de manobrar para constrangê-lo.

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Segundo a deputada Eliziane Gama, as declarações prestadas à Justiça Federal por Julio Camargo são fortes o suficiente para sustentar seu pedido de acareação. Cunha acusou o lobista de "pilantra", "bandido" e "réu confesso". A acareação entre os dois pode ser o primeiro grande ato da CPI da Petrobras que acontece na Câmara.


Até agora, os deputados que a compõem estão a reboque das informações vazadas das delações premiadas que ocorrem em Curitiba (PR) onde está o comando da Operação Lava-Jato na esfera da primeira instância da Justiça Federal.

Como retaliação, o presidente da Câmara também ameaça articular a convocação dos ministros Edinho Silva (Secretaria das Comunicações) e Aloizio Mercadante (Casa Civil). 

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