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Desmatamento cresce 20% em 2021 e Amazônia perde 18 árvores por segundo, revela estudo

Nos últimos três anos, região amazônica já perdeu quase a área do estado do Rio de Janeiro

Brasil|

Desmatamento na Amazônia vem batendo recordes nos últimos anos
Desmatamento na Amazônia vem batendo recordes nos últimos anos Desmatamento na Amazônia vem batendo recordes nos últimos anos

O desmatamento nos diferentes biomas brasileiros aumentou 20,1% em 2021, segundo relatório independente publicado nesta segunda-feira (18), que estima que no ano passado a Amazônia tenha perdido 18 árvores por segundo.

"O Brasil perdeu 16.557 km² (1.655.782 hectares) de cobertura de vegetação nativa em todos os seus biomas no ano passado", ante 13.789 km² (1.378.929 hectares) em 2020, detalhou a plataforma colaborativa MapBiomas – uma rede de ONGs, universidades e empresas de tecnologia –, que coleta dados de diferentes sistemas de mapeamento por satélite. 

Do total da área desmatada em 2021, 59% se concentrou na Amazônia, seguida pelo Cerrado, que respondeu por 30,2% da área explorada; pela Caatinga, com 7%; pela Mata Atlântica, com 1,8%; e pelo Pantanal, com 1,7%.

"Somente na Amazônia foram 111,6 hectares desmatados por hora ou 1,9 hectare por minuto, que equivale a cerca de 18 árvores por segundo", acrescentou a MapBiomas. 

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A agropecuária continua sendo o principal "vetor de pressão" do desmatamento, respondendo por quase 97% da área desmatada. No estado do Pará, a mineração ilegal também foi um vetor "expressivo", segundo a Mapbiomas. 

Nos últimos três anos, a área desmatada em todos os biomas chegou a 42 mil km², "quase a área do estado do Rio de Janeiro", segundo o relatório.

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Ambientalistas e opositores responsabilizam o governo de Bolsonaro de fomentar a devastação com seu discurso a favor da exploração comercial da Amazônia e por debilitar os órgãos de controle ambiental.

Dados oficiais do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostram que entre janeiro e junho de 2022 a porção da floresta amazônica localizada no Brasil perdeu 3.988 km² devido ao desmatamento, um recorde para um primeiro semestre do ano desde 2016, início da série de registros do Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter), baseado em alertas diários.

Os números oficiais mostram que, desde que Bolsonaro assumiu o poder, em janeiro de 2019, o desmatamento anual médio na Amazônia brasileira aumentou 75% em comparação com a década anterior.

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