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Dilma ainda seria reeleita no 1º turno contra Aécio e Campos, indica CNT

Apesar de queda de 6,7 pontos, presidente lidera corrida presidencial com 37% das intenções

Brasil|Kamilla Dourado, do R7, em Brasília

Presidente ainda é a favorita para reeleição, mas diferença caiu
Presidente ainda é a favorita para reeleição, mas diferença caiu

A presidente Dilma Rousseff seria reeleita no primeiro turno se as eleições fossem hoje, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (29) pela CNT (Confederação Nacional do Transporte), em parceria com a MDA Pesquisa. Sua diferença para os prováveis principais adversários em outubro, contudo, caiu 6,7 pontos percentuais desde a última pesquisa, divulgada em fevereiro — e, considerando a margem de erro, o primeiro turno já ficaria indefinido.

Se a eleição fosse hoje, Dilma teria 37% dos votos — no último levantamento, a presidente tinha 43,7%. A maioria das intenções de voto perdidas pela presidente foi para aquele que aparece como seu principal concorrente. O senador Aécio Neves (MG), pré-candidato do PSDB à Presidência, teria 21,6% das preferências, 4,6 pontos percentuais a mais que os 17% aferidos na pesquisa de fevereiro.

Aprovação pessoal de Dilma cai de 55% para 47,9%, diz pesquisa CNT/MDA

O ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), por sua vez, teria 11,8% dos votos, se a eleição presidencial fosse hoje — pouco além dos 9,9% medidos na pesquisa de fevereiro. A proporção de votos brancos e nulos permaneceu praticamente a mesma (foi de 20,4% para 20%), assim como a quantidade dos eleitores que não responderam ou não sabem em quem votar ainda (foi de 9% para 9,6%).


Segundo turno

Num possível segundo turno, a situação de Dilma é mais confortável. No cenário contra Aécio, a presidente receberia 39,2% dos votos, enquanto o tucano ficaria com 29,3%. Contra Eduardo Campos, a presidente teria uma vantagem ainda mais significativa: 41,3% contra 24% do presidente nacional do PSB.


Na comparação com a última pesquisa, contudo, a diferença do segundo turno também caiu. Em fevereiro deste ano, Dilma tinha 46,6% contra 23,4% de Aécio Neves. A diferença também diminuiu contra Eduardo Campos — em fevereiro, Dilma tinha 48,6% das intenções de voto e caiu para 41,3%, enquanto o ex-governador pernambucano cresceu de 18% para 24%.

A pesquisa leva em conta 2.002 entrevistas, feitas em 137 cidades de 24 unidades federativas das cinco regiões do País. O levantamento foi feito entre os dias 21 e 25 de abril de 2014. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, com 95% de nível de confiança. O registro da pesquisa no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) é 00086/2014.


O diretor-executivo da CNT, Bruno Batista, avalia que a oposição está sendo beneficiada pela queda de Dilma.

— Os dados mostraram pela primeira vez arrancada da oposição. Houve migração dos votos que Dilma está perdendo. Entre os grandes pontos que explicam essa queda [da popularidade], está a diminuição acentuada de avaliação dos quesitos sociais. Os eleitores também começam a tomar ciência dos demais candidatos.

Limite de voto

Dilma é a única em que pelos menos 23,2% dos entrevistados votariam — 29,4% consideram a presidente como opção de voto, enquanto 43,1% dizem que não votariam nela de jeito nenhum. A presidente é desconhecida por apenas 0,8% dos entrevistados.

Já Aécio é o único candidato que 11,9% dos pesquisados aprovariam — outros 33% poderiam votar nele e 32,4% nunca votariam no tucano. Entre os entrevistados, 16,6% nunca ouviu falar do senador mineiro.

Já o socialista Eduardo Campos tem a preferência de 6,1% dos entrevistados, enquanto 29,3% dizem que poderiam votar nele — 29,9% nunca votariam nele. Campos é o menos conhecido entre os principais candidatos: 29,2% da população não sabe quem ele é.

Segundo a CNT, considerando um cenário em que todos os candidatos são conhecidos pela população, o potencial positivo de Dilma para vencer as eleições é de 53%; o potencial negativo, de 38,8%.

Aécio Neves tem potencial positivo de 53,8% e negativo de 38,8%. Já Eduardo Campos tem 50% de potencial positivo e 42,2% de potencial negativo.

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