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Dilma pedirá ao Mercosul e à Unasul que avaliem 'golpe em curso' no Brasil

Grupos contra e a favor do impeachment protestaram em frente à embaixada do Brasil na ONU

Brasil|Do R7

Dilma assinou na sexta, em Nova York, o Tratado de Paris (maior acordo internacional sobre o clima)
Dilma assinou na sexta, em Nova York, o Tratado de Paris (maior acordo internacional sobre o clima)

"Está em curso no Brasil um golpe", disse a presidente Dilma Rousseff nesta sexta-feira (22) a jornalistas em Nova York, ressaltando o desejo que o Mercosul e a Unasul (União de Nações Sul-Americanas) avaliem o processo.

"Dizer que não é golpe é tapar o sol com a peneira. Eu sou uma vítima, sou uma pessoa injustiçada", ressaltou Dilma, destacando que não se pode admitir um processo de impeachment que, na verdade, segundo ela, é uma eleição indireta.

— Sou vítima de um processo absolutamente infundado.

Dilma afirmou que vai se "esforçar muito" para convencer os senadores sobre a falta de fundamentação do processo de que é vítima no Congresso.


— O ministro da Justiça, o ministro da Fazenda, todos nós vamos lá junto aos senadores debater, explicar e dar todas as informações necessárias.

A presidente afirmou que não teve o respaldo necessário por segmentos da Câmara, mas disse ter certeza que será ouvida no Senado.


— Depois os senadores votam como achar que devem.

Questionada sobre a proposta de novas eleições, Dilma afirmou que não acusa as pessoas que tenham essa ideia de "golpistas".


— Uma coisa é eleição direta, com votos e o povo brasileiro participando. Mas tem que ser me dado o direito de defender o meu mandato. Não sou uma pessoa apegada a cargos, mas estou defendendo o meu mandato.

Dilma afirmou que, desde que assumiu a Presidência da República, em 2011, desenvolveu relacionamentos pessoais com líderes mundiais e que eles têm mostrado solidariedade a ela.

Protesto

Um grupo que defende o impeachment de Dilma e outro contrário ao impedimento protestaram nesta sexta-feira na porta da residência oficial do embaixador brasileiro na ONU, Antonio Patriota, onde Dilma está hospedada.

A polícia dividiu os dois grupos e os que defendem a saída de Dilma gritavam frases como "estamos na rua para derrubar o PT" e ainda provocavam os contra à saída com frases como "socialistas de iPhone em Nova York".

Os manifestantes contra o impeachment distribuíram flores e pediram a defesa da democracia no Brasil.

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