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Dilma troca discurso na TV e no rádio por redes sociais no Dia do Trabalho

Ministro Edinho Silva negou que a decisão tenha sido resultado do "panelaço" no País

Brasil|

Presidente Dilma vai falar com a população pelas redes sociais
Presidente Dilma vai falar com a população pelas redes sociais Presidente Dilma vai falar com a população pelas redes sociais

Pela primeira vez desde que assumiu o comando do País, a presidente Dilma Rousseff não discursará em rede nacional de rádio e televisão no 1º de Maio, quando se comemora o Dia do Trabalho, disse nesta segunda-feira (27) o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva.

O ministro afirmou que o objetivo é usar outros "modais de comunicação" e que, no 1º de Maio, Dilma dialogará com a sociedade pelas redes sociais.

— Pela primeira vez ela vai utilizar as redes sociais para fazer a sua manifestação em relação ao Dia do Trabalhador. A presidenta não precisa se manifestar apenas pela cadeia de televisão.

Ele também falou que Dilma utilizará transmissões de pronunciamentos em cadeia nacional "quando for necessário".

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O ministro negou que a decisão, tomada por unanimidade na reunião realizada nesta segunda-feira, em Brasília, tenha sido resultado do "panelaço" promovido em várias cidades do País contra a presidente durante a transmissão do seu pronunciamento no Dia Internacional da Mulher, em março.

— A presidenta não teme nenhuma forma de manifestação oriunda da democracia.

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O ministro aproveitou para reafirmar que o governo tem "toda a preocupação" em manter os direitos e benefícios trabalhistas e que as áreas sociais não serão atingidas por cortes, mesmo diante do esforço fiscal que o Executivo vem empreendendo.

Investimentos

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A reunião de coordenação desta segunda-feira serviu ainda para que os participantes fizessem um balanço de outro encontro com a presidente, no sábado, em que ficou definido que cada pasta iria detalhar projetos de infraestrutura prioritários para o lançamento de um plano de investimentos.

— Nós começamos a definição dos projetos área por área, o que criou uma agenda de trabalho para cada ministério para que num curto prazo possam apresentar de forma detalhada os projetos e para que a presidenta Dilma possa anunciar um plano de investimentos do nosso País já num período, aí, talvez, de semanas.

Segundo o ministro, os modelos de investimento serão definidos de acordo com a particularidade de cada área e projeto.

Para Edinho, é "prematuro" falar em valores para o programa de investimentos. Ele não confirmou a cifra que vem sendo declarada pelo líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), de R$ 150 bilhões.

— Eu não confirmo. Talvez o líder esteja trabalhando com alguma informação de algum estudo a que ele teve acesso, mas eu acompanhei por todo tempo a reunião de sábado, e a reunião teve por objetivo cada área apresentar as suas prioridades.

O ministro afirmou que não foi possível tratar dos projetos de todas as áreas na reunião de sábado. A expectativa é de que as demais áreas que não puderam se manifestar naquela ocasião sejam ouvidas nesta semana.

Política

Ao ser questionado sobre as divergências que os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), têm demonstrado, Edinho afirmou que não há necessidade de encarar a situação como "um problema".

— É natural que haja diálogo entre as duas Casas, é natural que muitas vezes haja posicionamentos diferentes entre os dois presidentes.

Os dois presidentes vêm apresentando posições diferentes em declarações públicas. A mais recente diz respeito a um projeto que regulamenta a terceirização de trabalhadores.

Cunha deu impulso à proposta que tramitava há 11 anos na Câmara e conseguiu concluir a votação em plenário, enquanto Renan se posicionou contra uma regulamentação "ampla, geral e irrestrita" e já comentou com interlocutores que não concorda com a "pressa" conferida à proposta.

Sobre a posição do líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), que na última semana anunciou que apresentaria um pedido de impeachment contra Dilma, apesar de posições contrárias de lideranças tucanas, o ministro afirmou que se trata de uma questão "político-partidária" e que não há elementos jurídicos que sustentem o pedido.

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