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Dono de passaporte sírio encontrado no ataque em Paris era candidato a asilo

Brasil|Do R7

Por Ivana Sekularac e Igor Ilic

BELGRADO/ZAGREB (Reuters) - O detentor de um passaporte sírio encontrado próximo ao corpo de um dos terroristas que morreram nos ataques de sexta à noite em Paris estava registrado como refugiado em vários países europeus no mês passado, afirmaram autoridades.

O homem, identificado pelas autoridades sérvias apenas pelas iniciais A.A., veio pela Europa através da ilha grega de Leros, onde foi registrado no dia 3 de outubro, disseram autoridades gregas.

Autoridades sérvias afirmaram neste domingo que o mesmo homem foi registrado cruzando a fronteira do país com a Macedônia.


A informação é relevante porque se um ou mais dos atiradores em Paris entrou na Europa com os refugiados e os imigrantes que fogem países devastados pela guerra, isso pode mudar o debate político sobre a aceitação dos refugiados.

"Um dos terroristas suspeitos, A.A., que é do interesse das agências de segurança francesa, foi registrado atravessando a fronteira de Presevo em 7 de outubro deste ano, onde pediu formalmente por asilo", disse o Ministério do Interior da Sérvia, em comunicado.


A fronteira de Presevo separa a Sérvia da Macedônia.

Postos de checagem "confirmaram que suas informações batem com as da pessoa que foi identificada em 3 de outubro na Grécia. Não havia mandado da Interpol emitido contra esta pessoa."


Uma porta-voz do Ministério do Interior croata disse que o homem foi registrado no campo de refugiados Opatovac do país em 8 de outubro e de lá ele cruzou para a Hungria e, em seguida, para a Áustria.

"Não havia registro (policial) sobre ele no momento do registro e não havia nenhuma razão para impedí-lo de qualquer maneira", disse.

O porta-voz do Ministério do Interior austríaco Karl-Heinz Grundboeck disse, no entanto, que a afirmação de que o suspeito tivesse passado através da Áustria não tinha "nenhuma base concreta."

"De acordo com as últimas informações disponíveis, isso não é mais do que conjecturas e especulações", disse.

(Reportagem adicional de Karin Strohecker em Viena e Yara Bayoumy em Beirute)

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