O diretório mineiro do PT pagou um montante de R$ 675 mil durante a campanha das Eleições de 2014 a uma empresa de transportes que possui endereço falso. A campanha foi responsável pela eleição do petista Fernando Pimentel ao governo do Estado.
Um jovem de 22 anos abriu a empresa Transportadora Coutinho poucos meses antes do pleito, declarando ter um capital de R$ 30 mil, aproximadamente o valor de um carro popular. As informações foram publicadas na edição desta quinta-feira (18) do jornal Folha de S.Paulo.
Segundo a reportagem, a empresa foi registrada em um endereço onde fica uma casa, onde a madrasta do dono da empresa disse nunca ter funcionado um estabelecimento comercial. O proprietário também, em vez de registrar seu próprio telefone e e-mail na Junta Comercial, usou os dados da empresa de contabilidade que inscreveu a transportadora. Como microempresa, a receita anual não poderia passar de R$ 360 mil.
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Entre setembro e outubro, o comitê eleitoral do partido realizou cinco pagamentos à transportadora. O trabalho para a campanha política foi o segundo trabalho registrado pela empresa, que já existia há meses.
O dono da empresa alega que presta serviços de transporte de cargas, locação de veículos e serviços de transporte de passageiros. Um dos pagamentos realizados à empresa foi de R$ 300 mil para “locação de bens móveis”.
Em nota, Daniel Coutinho, o proprietário da transportadora, disse que sua empresa subloca ônibus e vans de terceiros quando necessário, e que foi isso que ocorreu na campanha. O PT de Minas Gerais alegou que “a contabilidade eleitoral” já está encerrada.