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Economia surpreende em junho e cresce 0,25% no 2º trimestre 

Indicador do Banco Central é considerado uma prévia do PIB

Brasil|Do R7

Desempenho da economia foi além do esperado por economistas
Desempenho da economia foi além do esperado por economistas

A atividade econômica do Brasil cresceu mais do que o esperado em junho e terminou o segundo trimestre com crescimento. Esse é o segundo resultado seguido no azul e sinaliza recuperação gradual em meio a um ambiente de inflação fraca.

O (IBC-Br) Índice de Atividade Econômica do Banco Central, espécie de sinalizador do PIB (Produto Interno Bruto) divulgado nesta quinta-feira (17), apresentou expansão de 0,25% entre abril e junho na comparação com os três primeiros meses do ano, em dado dessazonalizado.

No primeiro trimestre, o IBC-Br teve alta de 1,22% sobre o quarto trimestre de 2016. Os dados oficiais divulgados pelo IBGE mostram que o PIB do Brasil cresceu 1% nos três primeiros meses do ano.

Somente em junho, o indicador do BC subiu 0,5% sobre maio.


O mês de junho representa a quarta vez em que o indicador, que incorpora projeções para a produção nos setores de serviços, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos, teve resultado positivo neste ano.

Além disso, o BC revisou o dado de maio para recuo de 0,37%, sobre queda de 0,51% divulgada anteriormente.


"A série voltou ao patamar verificado em fevereiro de 2016, corroborando a recuperação lenta e gradual da economia", destacou em nota a economista-chefe da Rosenberg Associados, Thaís Marzola Zara, calculando estabilidade do PIB no segundo trimestre.

"Contabilizando o crescimento do primeiro trimestre do ano, a estabilidade no segundo trimestre seria um indicativo auspicioso de que estamos, de fato, deixando a recessão para trás", completou, projetando crescimento de 0,7% da economia no ano.


O número de junho do IBC-Br reflete desempenhos positivos dos setores de varejo e de serviços no mês. Enquanto as vendas varejistas subiram 1,2%, o volume de serviços aumentou 1,3%, fechando o segundo trimestre no azul depois de nove trimestres seguidos de perdas.

Somente a indústria mostrou dificuldades de engatar uma recuperação mais consistente, tendo ficado estagnada na comparação com maio.

Na comparação com junho de 2016, o IBC-Br apresentou variação positiva de 0,66%, enquanto que no acumulado em 12 meses houve queda de 1,82%, sempre em números dessazonalizados.

O cenário econômico no Brasil é de inflação baixa e queda nos juros que barateia o crédito, favorecendo a atividade econômica ao estimular o consumo. Porém, na outra ponta o desemprego permanece ainda elevado.

O BC vem cortando desde outubro passado a taxa básica de juros, agora em 9,25%, e já indicou que continuará com o movimento.

A pesquisa Focus mais recente realizada pelo BC aponta que a expectativa dos economistas consultados é de que a taxa básica Selic encerre este ano a 7,5%, com crescimento do PIB este ano de 0,34%.

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