Edílson pode ter sido usado como 'laranja' por criminosos
Ex-jogador costumava assinar procurações de plenos poderes para muitas pessoas
Brasil|Gustavo Alves, do R7
Investigado no esquema de pagamentos indevidos de prêmios das Loterias da Caixa Econômica Federal, o ex-jogador Edílson pode ter sido usado como 'laranja' por criminosos.
Segundo uma fonte ligada diretamente ao ex-atleta, Edílson "costumava assinar procurações de plenos poderes para muita gente".
— Alguém pode ter usado uma dessas procurações. Edílson não é criminoso.
Leia mais notícias de Brasil e Política
Eliomar Ferreira, irmão e empresário do ex-jogador, afirmou a pessoas próximas que Edílson é inocente. Procurado pela reportagem do R7, ele não atendeu às ligações.
Edílson, de 44 anos, era conhecido como "Capetinha" nos tempos de jogador. Passou por grandes clubes do país ao longo da carreira, como Palmeiras, Corinthians, Cruzeiro e Flamengo e foi campeão mundial com a seleção brasileira na Copa de 2002.
A PF (Polícia Federal) iniciou na manhã desta quinta-feira (10) a Operação Desventura, para investigar um esquema de fraude no pagamento dos prêmios sorteados em loterias.
Foi cumprido mandando de busca e apreensão na casa do ex-jogador da seleção brasileira, que não estava no local.
De acordo com a PF, a fraude ocorria por meio da validação fraudulenta de bilhetes de loteria, e os valores desviados podem atingir cifras milionárias. Só em 2014, ganhadores deixaram de resgatar 270,5 milhões em prêmios das loterias.
A investigação é feita em parceria com o Ministério Público e ocorre desde setembro do ano passado. Um dos envolvidos no esquema foi preso quando ia sacar um dos prêmios em Anápolis (GO).
R7 Play: Assista à Record onde e quando quiser
Ainda teriam sido cometidos outros crimes, como o uso de hackers para a criação de máquinas falsas e roubo de informações bancárias, além de contrabando de veículos.
A operação ainda está em andamento, e faltam prisões e mandados a serem cumpridos.
Leia a íntegra da nota da Caixa Econômica Federal:
"A Caixa Econômica Federal informa que já vem colaborando com as investigações da Operação Desventura, deflagrada hoje (10) pela Polícia Federal, e que manterá cooperação integral com as investigações em curso.
A CAIXA está tomando todas as providências de abertura de processos disciplinares, apuração de responsabilidades e afastamentos, nos casos de envolvimento de empregados do banco".