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Erundina defende que Comissão da Verdade investigue presidente da CBF

Marin é alvo de petição movida pela família da Vladimir Herzog que pede sua queda do cargo

Brasil|Do R7

A deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP), disse em vídeo divulgado nesta segunda-feira (25) pela agência Brasil, que considera que o presidente da CBF, José Maria Marin, deve ser ouvido pela Comissão da Verdade para dar explicações sua relação com a ditadura militar.

A ex-prefeita de São Paulo disse também que pretende convocar uma audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir as relações entre esportes e repressão no País.

— Há muita coisa a se aprofundar, a se completar e a se revelar na perspectiva de apurar a responsabilidade de quem comprovadamente esteve envolvido naqueles crimes ou nas condições para que aquela repressão política se fizesse com a violência que se deu naquele período.

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Marin é alvo, desde o início da semana passada, de uma petição online que pede sua saída da presidência da CBF criada por Ivo Herzog, filho do jornalista Vladimir Herzog, morto pela ditadura. A petição, que visa recolher 100 mil assinaturas.

Quando era deputado estadual, em 1975, Marin discursou na tribuna da Assembleia Legislativa criticando a TV Cultura que, segundo ele, continha “comunistas infiltrados”. Um deles seria o então editor-chefe de jornalismo, Vladimir Herzog.


Em 9 de outubro de 1975, na Assembleia Legislativa, Marin pediu “providências” contra a emissora.

— É preciso mais do que nunca uma providência, a fim de que a tranquilidade volte a reinar não só nesta Casa [TV Cultura], mas principalmente nos lares paulistanos.


Duas semanas depois, Herzog foi assassinado por agentes da ditadura.

Para Erundina, essa relação do presidente da CBF com a repressão e a petição criada são motivos de sobra para justificar a convocação de Marin:

— Essa manifestação coletiva em torno de uma posição dessa pessoa naquele momento é, sem dúvida nenhuma, motivo suficiente para a comissão convoca-lo para dizer a respeito de sua posição naquele tempo. E, mais do que isso, queremos promover uma audiência pública sobre o futebol no Brasil e os crimes de violação dos direitos humanos na ditadura militar.

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