O plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) definiu, nesta quarta-feira (21), a pena para o ex-chefe de gabinete do PP, João Cláudio Genu. Ele foi condenado a sete anos e três meses de prisão pelos crimes de formação de quadrilha e 15 operações de lavagem de dinheiro.
Genu também foi considerado culpado pelo crime de corrupção passiva, por ter recebido dinheiro do PT como propina. No entanto, na definição da dosimetria, a maioria dos ministros decidiu pela pena mínima, o que faz com que o crime deixe de existir na hora de somar as penas.
Portanto, o delito de corrupção passiva de Cláudio Genu foi considerado prescrito, porque foi cometido há mais de quatro anos da data do julgamento, como determina o Código Penal.
De acordo com a acusação, Genu recebeu dinheiro das contas de Marcos Valério em nome do partido e é considerado um dos principais sacadores do mensalão. Ele deixou o cargo na Câmara em 2007.
Durante a leitura de seu voto, Joaquim Barbosa enfatizou a importância da participação de Genu no esquema do mensalão.
— Sem a colaboração intensa e direta de Carlos Genu os parlamentares do PP teriam mais dificuldades em transformar seu partido em legenda alugada pelo PT.
A maioria dos ministros acompanhou o ministro na fixação de dois anos e três meses de prisão como pena pelo crime de formação de quadrilha. Pelas 15 operações de lavagem de dinheiro, Genu pegou cinco anos de cadeia.