Ex-diretor da Petrobras é preso em operação da PF contra lavagem de dinheiro
Prisão da Operação Lava Jato ocorre enquanto Petrobras é destaque por causa de refinaria
Brasil|Do R7, com Agência Estado
A Polícia Federal prendeu o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Segundo a PF, a prisão faz parte da Operação Lava Jato, deflagrada na última segunda-feira (17). Na segunda-feira (17), durante a operação, a PF fez buscas na casa de Paulo Roberto da Costa e encontrou, em espécie, US$ 180 mil e cerca de R$ 720 mil.
As investigações mostram relações próximas do ex-executivo o doleiro Alberto Youssef, também preso na operação e condenado no caso Banestado — evasão para o exterior de US$ 30 bilhões, nos anos 1990. Segundo a PF, Youssef teria dado em março de 2013 uma Land Rover a Paulo Roberto da Costa.
O ex-diretor afirmou que ganhou o veículo por serviços de consultoria prestados e que não há relação com o cargo então ocupado na estatal. Costa disse ter deixado a Petrobras em abril de 2012.
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A operação cumpriu 28 mandados de prisão, além de apreender documentação, veículos, obras de arte e joias em 17 cidades de seis Estados e no Distrito Federal. Entre os presos estava o ex-sócio da Bônus-Banval, Enivaldo Quadrado, condenado por envolvimento no mensalão.
A ação da PF desarticulou uma rede de lavagem de dinheiro que teria movimentado mais de R$ 10 bilhões. Mas a prisão vem num momento em que a Petrobras é destaque no noticiário por causa da controversa compra de 50% de uma refinaria em Pasadena, nos Estados unidos, em 2006.
Entre os presos está Nelma Mitsue Penasso Kodama, que foi detida no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, quando tentava embarcar para Milão, na Itália, com 200 mil euros (cerca de R$ 654 mil) escondidos sob a roupa, na calcinha.