A Receita Federal descobriu que o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto da Costa sonegou R$ 32,9 milhões. A informação é do jornal Folha de São Paulo deste sábado (4).
A reportagem ouviu técnicos da Folha que suspeitam que esses recursos vinham de propina.
Paulo Roberto Costa informou que aplicou quase R$ 30 milhões no fundo de previdência dos funcionários da Petrobras, o Petros. Segundo a Folha, se as suspeitas forem confirmadas, o ex-diretor da Petrobras teria usado o fundo de pensão para lavar dinheiro sujo.
A matéria também destaca um dos documentos dos técnicos da Receita Federal que aponta a DIRPF [Declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física] do ano-calendário 2010. Nela, Paulo Roberto Costa informou que teria elevado pagamento à Fundação Petros, no valor de R$ 29.945.480,00.
A Receita Federal está analisando a situação de Costa. Ele deverá ser chamado a explicar e comprovar a origem dos recursos. Caso não faça, será autuado.
Devolução
Paulo Roberto Costa é acusado de desvios na estatal e agora entregará dinheiro e parte de seu patrimônio, que inclui uma lancha no valor de R$ 1,1 milhão, um terreno avaliado em R$ 3,2 mi e um carro de R$ 300 mil após fechar um acordo de delação premiada com a Justiça. A devolução chega a cerca de R$ 70 milhões aos cofres públicos.
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O ex-diretor também se comprometeu a pagar uma indenização de R$ 5 milhões, devolver US$ 23 mi mantidos na Suíça, além de US$ 2,8 milhões que estão em nome de parentes nas ilhas Cayman. Apenas os patrimônios mantidos no exterior chegam a R$ 63 mi, que devem se somar à indenização e aos bens que Costa irá entregar.