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Executivos que ganham até R$ 3 milhões por ano aguardam liberdade dormindo no chão da cadeia

Mesmo com superlotação, Alberto Youssef é mantido isolado dos demais encarcerados

Brasil|Marc Sousa, da TV Record, em Curitiba

Polícia Federal deve encerrar até o final da tarde os depoimentos
Polícia Federal deve encerrar até o final da tarde os depoimentos Polícia Federal deve encerrar até o final da tarde os depoimentos

Com 26 presos onde caberiam, normalmente, apenas 16, a carceragem da PF (Polícia Federal) em Curitiba (Paraná) tem de se virar para conseguir alocar todos os presos da operação Lava Jato, deflagrada na semana passada.

Alguns dos encarcerados estão alojados em colchões com cobertores no chão dos corredores da PF. Todos tomam banho em chuveiros coletivos fora das celas, e têm de lavar as próprias roupas. O banho de sol é de uma hora diária, e todos têm se alimentado com as marmitas, as "quentinhas" oferecidas pela própria PF.

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Até agora, nenhum deles pediu alguma refeição de outro lugar, mas, mesmo se o fizerem, não poderiam receber nada de fora da Polícia Federal. Segundo dados de levantamentos de empresas de Recursos Humanos, executivos como os que estão presos na carceragem da PF em Curitiba chegam a ganhar por ano cerca de R$ 3 milhões, entre salário e bônus. 

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Youssef isolado

O doleiro e principal depoente da Lava Jato, Alberto Youssef, está isolado dos demais presos por motivos de segurança. O isolamento, segundo pessoas ouvidas pela reportagem, ocorre para proteger o próprio Youssef, que pode ser retaliado pelos demais presos por tê-los delatado. Sua separação também é importante para evitar que todos se comuniquem e combinem como deverá ser feito o depoimento aos policiais.

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Depoimentos

Nesta terça-feira (18), depõem executivos das empresas Queiroz Galvão e UTC. Os advogados dos empresários declararam que seus clientes irão contribuir com as investigações, que não irão ficar calados.

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Ao todo, são 23 presos da operação Lava Jato na última semana presentes na carceragem da PF em Curitiba. Junto a eles, somam-se Alberto Youssef e outros dois presos por outros motivos. Até o final do dia, 17 presos que tiveram a prisão temporária decretada devem ser soltos.

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A PF pode pedir a prorrogação destas prisões, desde que encontre algum motivo novo que fundamente este pedido. Os agentes têm previsão de encerrar todos os depoimentos até o final da tarde de hoje, e o juiz responsável pelo caso, Sérgio Moro, não recebeu nenhum pedido de prorrogação das prisões até o momento.

Na lista dos detidos que podem ser soltos ainda hoje, constam os nomes de Dalton dos Santos Avancini, presidente da Camargo Corrêa; Joao Ricardo Auler, presidente do conselho administrativo da Camargo Corrêa; Ildefonso Colares Filho, presidente da Queiroz Galvão; José Adelmário Pinheiro Filho, presidente da OAS; e Valdir Lima Carreira, presidente da Iesa (confira a lista completa).

Os demais seis presos de maneira preventiva ficarão por mais tempo na carceragem. Dois procurados ainda estão foragidos. São eles Adarico Negromonte e Fernando Soares, o Fernando Baiano.

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