Encrenqueiro? Veja polêmicas do senador que quer impeachment de Dilma

Mario Couto já chamou filho de Jader Barbalho de ladrão e acusou colegas de “roubar o povo”

Brasil|Do R7

27/03/2014 - 09h56 (Atualizado em 20/04/2024 - 07h49)

Conhecido pelos discursos estridentes e performáticos no
plenário do Senado, o senador Mário Couto (PSDB-PA) quer o impeachment
da presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, Dilma deve ser
responsabilizada pelo mau negócio na compra da refinaria de Pasadena, nos
Estados Unidos, pela Petrobras. E essa não é a única polêmica em que o senador
se envolveu recentemente (na foto acima, ele se dizia indignado com o preço da
farinha de mandioca). Saiba mais nas imagens a seguir

Em abril do ano passado, Couto discursou para um plenário
vazio para chamar o filho do colega senador Jader Barbalho (PMDB-PA) de “ladrão”.
Ele respondia a uma reportagem publicada no Diário do Pará.

— Você me chamou de fanfarrão – esse é o adjetivo que tu
usaste no teu jornal. Eu te chamo, Jader Filho, de ladrão. Tu és ladrão, Jader
Filho! Vai, vai a juízo questionar contra mim, vai. Eu te peço que tu vás!

Na ocasião, o presidente do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL), recorreu ao regimento interno do Senado para repreender o colega. Nem
assim Mário Couto se conteve, e passou a responder ao presidente Renan
Calheiros com gritos e socos na mesa de madeira do púlpito, desafiando o
peemedebista a cassar seu mandato.

— Eu não vou ter que cumprir nada! Se eu não cumprir o
regimento, eu sou cassado, e cassado por Vossa Excelência

Na mesma ocasião, Mário Couto apresentou um requerimento de
instalação da CPI da Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia), mesmo
sem ter conseguido reunir apoio suficiente para que ela fosse instalada. Apesar
de conseguir 31 assinaturas de adesão, quatro a mais que o necessário, o pedido
não tinha sido lido no plenário pela Mesa Diretora, como exige o regimento. Contrariado,
o senador rasgou o documento

Em novembro de 2012, Mário Couto incomodou os colegas ao cobrar
que o STF “limpasse” o Congresso Nacional.

— Eu vou ao Supremo Tribunal Federal, bater de
porta em porta, de ministro em ministro, pedindo analise de processos que estão
engavetados há anos e anos. Quero dizer aos ministros que aproveitem a
oportunidade para limpar o Senado Federal, para limpar a Câmara Federal, que
julguem com urgência aqueles processos que estão lá envolvendo senadores e
deputados. Isso é a coerência de um senador que quer limpar esta Casa

A proposta aguarda votação na Comissão de CCJ (Constituição, Justiça e
Cidadania)

O relator e senador Eduardo Suplicy (PT-SP) explicou que o
projeto foi rejeitado por ser inaceitável obrigar o Estado a se responsabilizar
pela segurança dos jornalistas

Um mês depois, Couto teria seus bens bloqueados por decisão da Justiça do Pará, porque
seu nome aparecia em uma relação de 39 pessoas acusadas de fraudes na Alepa (Assembleia Legislativa do Estado)

Em novembro passado, Couto acusou o senador mineiro Zezé
Perrella (PDT-MG) de liderar uma manobra política para inviabilizar a criação
de uma CPI que iria investigar abusos de poder econômico e supostos desvios de
verbas na CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Aos berros, o senador Mário
Couto chamou Perrela de "sem vergonha".

— Até hoje eu tinha respeito pelo senhor. Mas
vejo que o senhor, ligado a um grande clube de futebol, tem interesses escusos
e quer proteger a CBF.

Sempre se valendo de reportagens, o senador criticou o governo, em março do ano passado, pelos gastos
feitos com as obras da Copa do Mundo. Segundo ele, enquanto se investia na Copa, nada foi investido para melhorar
a Rodovia Transamazônica

O senador também não perdoou o STF (Supremo Tribunal
Federal) por absolver os condenados do mensalão do crime de formação de
quadrilha.

— A minha pátria não tem mais poderes. Todos os poderes
estão na mão da presidenta. Manda lá [Executivo], manda aqui [Legislativo] e
agora manda no Supremo Tribunal Federal

Em julho do ano passado, o senador discursou para pedir proteção
policial, já que teria sido avisado pelo Ministério Público Federal que estava
sob ameaça de morte

Segundo Mário Couto, “o povo brasileiro não aguenta mais”.

— Pode-se gastar em coisas supérfluas, mas não se pode gastar
em coisas que dão à sociedade a devida condição de viver bem. Ninguém sabe o
que pode acontecer amanhã nesta pátria. Semana passada, foi um brasileiro que
tombou nas ruas vítima de um assassinato cruel numa passeata. Aliás, passeatas,
já se perdeu a conta neste País. O povo brasileiro está revoltado, o povo
brasileiro não aguenta mais

Conhecido pelos discursos estridentes e performáticos no plenário do Senado, o senador Mário Couto (PSDB-PA) quer o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, Dilma deve ser responsabilizada pelo mau negócio na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras. E essa não é a única polêmica em que o senador se envolveu recentemente (na foto acima, ele se dizia indignado com o preço da farinha de mandioca). Saiba mais nas imagens a seguir

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