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Impunidade: antes de Donadon, outros deputados federais escaparam da cassação nos últimos anos

Preso desde julho em Brasília, parlamentar participou de sessão na Câmara que definiu seu futuro

Brasil|Do R7

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O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados abriu processo para cassar mandato de seis deputados federais nos últimos cinco anos, mas todos escaparam da punição. As denúncias vão desde uso irregular de verba indenizatória a suspeita de envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Veja a seguir os parlamentares que escaparam da cassação 
Na última quarta-feira (28), Natan Donadon se juntou ao grupo de parlamentares que teve seu mandato mantido. O deputado foi condenado a mais de 13 anos de prisão pelo Supremo, pelos crimes de peculato e formação de quadrilha, por desviar R$ 8,4 milhões da Assembleia Legislativa de Rondônia, quando era diretor financeiro. Ontem, 233 deputados votaram pela cassação, 131 contra e 41 se abstiveram. Eram necessários 24 votos a mais para Donadon perder o mandato. Leia mais
Em 2009, o deputado Edmar Moreira, mais conhecido como deputado do Castelo, foi acusado de usar de forma ilegal a verba indenizatória. Ele teria repassado os recursos a empresas do setor de segurança de sua propriedade.  Mas ele foi inocentado no relatório do deputado Sérgio Brito. Segundo o parlamentar, não havia norma que impedia o uso de notas fiscais da própria empresa para obtenção de ressarcimento. Depois do episódio, foi baixada uma portaria para coibir a prática
Moreira ficou conhecido por não ter declarado à Receita Federal a posse de um castelo em Minas Gerais avaliado em R$ 25 milhões. No início do ano, o filho dele, deputado estadual Leonardo Moreira, foi indiciado pela PF por não ter declarado ao TRE a extravagante construção doada a ele pelo pai, Edmar Moreira. A construção — avaliada em pelo menos R$ 25 milhões com 7.500 m² está hoje abandonada e depredada
Já em 2010, a Câmara abriu processo para cassação do mandato do deputado Paulo Roberto Pereira (PRB-RS), pela suspeita de uso irregular das cotas de passagens aéreas. Ele foi acusado por supostamente vender créditos de passagens aéreas, além de contratar funcionários-fantasmas e fazer retenção de salários dos servidores do gabinete. O relator Chico Alencar (Psol- RJ) chegou a apresentar voto pela perda de mandato de Paulo Roberto, mas o conselho não reuniu o número de integrantes para a votação (oito deputados). Somente cinco parlamentares assinaram a lista de presença
Em 2011, a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) foi flagrada recebendo dinheiro do delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa. A gravação foi feita em 2006, mas divulgada no início de 2011. O relator Carlos Sampaio (PSDB-SP) apresentou parecer pela cassação do mandato da deputada e o processo foi para plenário
Em votação secreta, o plenário da Câmara dos Deputados absolveu, por 265 votos a 166 e 20 abstenções, a deputada federal Jaqueline Roriz. Se a cassação tivesse sido aprovada, ela ficaria inelegível por oito anos. Jaqueline é filha de Joaquim Roriz, que não pode se candidatar até 2023. Ele renunciou ao mandato de senador em 2007 para evitar a cassação
Também em 2011, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) foi alvo de processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética. O processo disciplinar foi aberto para apurar suposta prática de racismo e homofobia por parte do deputado. Em um programa de TV, Bolsonaro foi questionado pela cantora Preta Gil sobre como reagiria caso o filho namorasse uma mulher negra. O deputado respondeu que não discutiria “promiscuidade”
Bolsonaro já puxou briga até com a presidente Dilma Rousseff. Por ocasião da elaboração da cartilha do MEC (Ministério da Educação) sobre diversidade sexual, apelidada de “kit gay”, o deputado pôs em questão a sexualidade da presidente em discurso na tribuna da Câmara. — O kit gay não foi sepultado ainda. Dilma Rousseff, pare de mentir. Se gosta de homossexual, assume. Se o teu negócio é amor com homossexual, assuma. Mas não deixe que essa covardia entre nas escolas de 1º grau. Leia mais
O deputado Valdemar da Costa Neto teve o processo arquivado, em 2011. Ele começou a ser investigado depois de denúncias de que seria um dos supostos coordenadores de um esquema de distribuição de recursos públicos federais do Ministério dos Transportes. Com os recursos, ele teria comprado o apoio de outros parlamentares
O único processo em aberto no Conselho de Ética é contra o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO).  Ele é acusado de envolvimento no esquema de jogos ilegais comandado pelo bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, mais conhecido como Carlinhos Cachoeira. Segundo relator do processo, deputado Ronaldo Benedet (PMDB-SC), “há também indícios a apontar para a participação do congressista na intermediação de interesses do contraventor”. Ainda não há data para julgamento do parlamentar
O último deputado a perder o mandato na Câmara dos Deputados foi Juvenil Alves Ferreira Filho (PRTB-MG). Eleito para a legislatura 2007-2011, Juvenil perdeu o mandato em 31 de março de 2009, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele foi acusado de uso irregular de verbas de campanha, na eleição de 2006, e de fazer uso de caixa dois, prática proibida pela legislação eleitoral

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O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados abriu processo para cassar mandato de seis deputados federais nos últimos cinco anos, mas todos escaparam da punição. As denúncias vão desde uso irregular de verba indenizatória a suspeita de envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Veja a seguir os parlamentares que escaparam da cassação 
Na última quarta-feira (28), Natan Donadon se juntou ao grupo de parlamentares que teve seu mandato mantido. O deputado foi condenado a mais de 13 anos de prisão pelo Supremo, pelos crimes de peculato e formação de quadrilha, por desviar R$ 8,4 milhões da Assembleia Legislativa de Rondônia, quando era diretor financeiro. Ontem, 233 deputados votaram pela cassação, 131 contra e 41 se abstiveram. Eram necessários 24 votos a mais para Donadon perder o mandato. Leia mais
Em 2009, o deputado Edmar Moreira, mais conhecido como deputado do Castelo, foi acusado de usar de forma ilegal a verba indenizatória. Ele teria repassado os recursos a empresas do setor de segurança de sua propriedade.  Mas ele foi inocentado no relatório do deputado Sérgio Brito. Segundo o parlamentar, não havia norma que impedia o uso de notas fiscais da própria empresa para obtenção de ressarcimento. Depois do episódio, foi baixada uma portaria para coibir a prática
Moreira ficou conhecido por não ter declarado à Receita Federal a posse de um castelo em Minas Gerais avaliado em R$ 25 milhões. No início do ano, o filho dele, deputado estadual Leonardo Moreira, foi indiciado pela PF por não ter declarado ao TRE a extravagante construção doada a ele pelo pai, Edmar Moreira. A construção — avaliada em pelo menos R$ 25 milhões com 7.500 m² está hoje abandonada e depredada
Já em 2010, a Câmara abriu processo para cassação do mandato do deputado Paulo Roberto Pereira (PRB-RS), pela suspeita de uso irregular das cotas de passagens aéreas. Ele foi acusado por supostamente vender créditos de passagens aéreas, além de contratar funcionários-fantasmas e fazer retenção de salários dos servidores do gabinete. O relator Chico Alencar (Psol- RJ) chegou a apresentar voto pela perda de mandato de Paulo Roberto, mas o conselho não reuniu o número de integrantes para a votação (oito deputados). Somente cinco parlamentares assinaram a lista de presença
Em 2011, a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) foi flagrada recebendo dinheiro do delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa. A gravação foi feita em 2006, mas divulgada no início de 2011. O relator Carlos Sampaio (PSDB-SP) apresentou parecer pela cassação do mandato da deputada e o processo foi para plenário
Em votação secreta, o plenário da Câmara dos Deputados absolveu, por 265 votos a 166 e 20 abstenções, a deputada federal Jaqueline Roriz. Se a cassação tivesse sido aprovada, ela ficaria inelegível por oito anos. Jaqueline é filha de Joaquim Roriz, que não pode se candidatar até 2023. Ele renunciou ao mandato de senador em 2007 para evitar a cassação
Também em 2011, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) foi alvo de processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética. O processo disciplinar foi aberto para apurar suposta prática de racismo e homofobia por parte do deputado. Em um programa de TV, Bolsonaro foi questionado pela cantora Preta Gil sobre como reagiria caso o filho namorasse uma mulher negra. O deputado respondeu que não discutiria “promiscuidade”
Bolsonaro já puxou briga até com a presidente Dilma Rousseff. Por ocasião da elaboração da cartilha do MEC (Ministério da Educação) sobre diversidade sexual, apelidada de “kit gay”, o deputado pôs em questão a sexualidade da presidente em discurso na tribuna da Câmara. — O kit gay não foi sepultado ainda. Dilma Rousseff, pare de mentir. Se gosta de homossexual, assume. Se o teu negócio é amor com homossexual, assuma. Mas não deixe que essa covardia entre nas escolas de 1º grau. Leia mais
O deputado Valdemar da Costa Neto teve o processo arquivado, em 2011. Ele começou a ser investigado depois de denúncias de que seria um dos supostos coordenadores de um esquema de distribuição de recursos públicos federais do Ministério dos Transportes. Com os recursos, ele teria comprado o apoio de outros parlamentares
O único processo em aberto no Conselho de Ética é contra o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO).  Ele é acusado de envolvimento no esquema de jogos ilegais comandado pelo bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, mais conhecido como Carlinhos Cachoeira. Segundo relator do processo, deputado Ronaldo Benedet (PMDB-SC), “há também indícios a apontar para a participação do congressista na intermediação de interesses do contraventor”. Ainda não há data para julgamento do parlamentar
O último deputado a perder o mandato na Câmara dos Deputados foi Juvenil Alves Ferreira Filho (PRTB-MG). Eleito para a legislatura 2007-2011, Juvenil perdeu o mandato em 31 de março de 2009, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele foi acusado de uso irregular de verbas de campanha, na eleição de 2006, e de fazer uso de caixa dois, prática proibida pela legislação eleitoral

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados abriu processo para cassar mandato de seis deputados federais nos últimos cinco anos, mas todos escaparam da punição. As denúncias vão desde uso irregular de verba indenizatória a suspeita de envolvimento com...

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados abriu processo para cassar mandato de seis deputados federais nos últimos cinco anos, mas todos escaparam da punição. As denúncias vão desde uso irregular de verba indenizatória a suspeita de envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Veja a seguir os parlamentares que escaparam da cassação 

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