Segundo Levy, mudança poderia gerar aumento de impostos
ReutersO ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou neste sábado (16) que o governo está avaliando o impacto nas contas da mudança no fator previdenciário aprovada pela Câmara dos Deputados para orientar o debate da matéria no Senado, com o objetivo de evitar a necessidade de se gerar novos impostos.
— O Ministério da Previdência Social está fazendo algumas contas pra ver exatamente quantos bilhões, quantas dezenas de bilhões, qual o tamanho desse impacto, até para poder orientar o debate, porque ainda vai ao Senado, para alimentar e dar todos os elementos necessários para ter uma informação que não gere novos impostos.
As afirmações foram dadas a jornalistas em Santa Catarina, onde Levy cumpriu agenda oficial.
— A preocupação é sempre não criar novos gastos para não ter novos impostos.
A Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (13) uma emenda à Medida Provisória 664 que permite a flexibilização do fator previdenciário, mecanismo que limita o valor da aposentadoria de pessoas mais novas, uma alteração que não contava com o apoio do Palácio do Planalto.
A MP 664 faz parte das medidas de ajuste fiscal propostas pelo governo que estão em tramitação no Congresso.
Questionado sobre a reunião que haverá amanhã com a presidente Dilma Rousseff para discutir o volume do corte no orçamento que será anunciado, Levy brincou.
— Estamos nos preparando e não sei que horas (a reunião) vai acabar.
Ele voltou a dizer, como tem feito nos últimos dias, que o principal objetivo é levar as despesas discricionárias para o nível de 2013.
— (O ano de) 2014 foi um pouco além do que podemos sustentar.
De acordo com o ministro, o governo usa como linha de referência, para determinar os cortes, a evolução das receitas e das despesas.
— Na parte que o governo pode controlar, na diminuição dos gastos na própria carne, que são as despesas de custeio, despesas de condicionamento dos ministérios, nós devemos estar voltando ao nível de 2013, um nível relativamente robusto, mas que dá a disciplina necessária para botar o gasto numa base sólida que nos permita estar caminhando na direção da meta fiscal.
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