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Governo e PT agem para evitar violência durante a Copa

Ministro da Justiça lidera esforços por protocolo de atuação policial frente a manifestações

Brasil|Do R7

Manifestações já incomodaram durante a Copa das Confederações
Manifestações já incomodaram durante a Copa das Confederações Manifestações já incomodaram durante a Copa das Confederações (STRINGER/BRAZIL/REUTERS)

Temendo reflexos negativos na eleição de outubro, o Palácio do Planalto e o PT se mobilizam para evitar atos de repressão policial violentos com potencial de gerar uma onda de manifestações durante a Copa do Mundo. No início de fevereiro, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, vai se reunir com secretários de Segurança dos 12 Estados-sede para firmar um protocolo de atuação policial frente as manifestações.

Para este sábado (25), estão previstos 36 protestos contra a Copa em todos os Estados do País e no Distrito Federal. Convocadas por meio do Facebook sob o slogan #naovaitercopa, as mobilizações cresceram nas redes sociais. Mais de 20 mil pessoas confirmaram participação no ato de São Paulo marcado para 17h, no vão livre do Masp.

O Planalto dá como certa a realização de protestos durante o torneio. A avaliação de Dilma e seus assessores é de que a ocorrência de manifestações pontuais não compromete a imagem da presidente. Já uma nova onda nacional de protestos pode causar graves danos às vésperas das eleições presidenciais. Por isso a preocupação do governo com a possível repressão violenta. Assessores de Dilma lembram que, no ano passado, os protestos estavam localizados em São Paulo até que a ação policial desproporcional provocou uma onda de atos de solidariedade em todo o País.

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Desde o início do ano, Dilma tem se reunido semanalmente com ministros para avaliar o quadro e cobrar providências. O núcleo duro do grupo de trabalho é formado por Cardozo e pelo ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Conforme a pauta, outros ministros são convocados. A ideia inicial era fazer reuniões quinzenais, mas o volume da demanda levou a presidente a intensificar o expediente.

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Nesta quarta-feira (22), Dilma retoma a agenda de inauguração de estádios, reformas de aeroportos e obras de infraestrutura nas cidades-sede. A maratona começa em Natal (RN) e termina com a entrega do Itaquerão, em São Paulo, no fim de março.

Também por orientação de Dilma, o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, tem se reunido com movimentos populares alinhados ao PT e pediu ajuda para monitorar o humor dos grupos que foram para as ruas em 2013.

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O coordenador nacional da CMP (Central de Movimentos Populares), Eduardo Cardoso, participou de uma reunião com Carvalho no início de dezembro, em Brasília, e disse que "o ministro queria saber qual é a expectativa, o que o pessoal está esperando".

A CMP participa ao lado de dezenas de outros movimentos da Ancop (Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa) e tem acesso a grupos quase inacessíveis ao governo.

Na semana passada Dilma autorizou a Secretaria-Geral da Presidência a contratar dois funcionários para reforçar o diálogo com os descontentes. O governo divide esse setor em dois grupos: o dos que foram diretamente afetados pelas obras e o dos que fazem uma crítica ideológica à realização da Copa no Brasil. Um levantamento com as demandas dos diretamente afetados já foi entregue à presidente.

Segundo a Ancop, cerca de 400 mil pessoas, entre famílias removidas, sem-teto e ambulantes, serão diretamente afetadas pela realização do torneio da Fifa e dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio.

Segundo Juliana Machado, integrante do Comitê Popular da Copa em São Paulo, a Secretaria-Geral convocou uma reunião com movimentos em julho de 2013, ainda no calor dos protestos, na qual foi apresentada uma pauta com seis reivindicações: fim das remoções de famílias, preservação do espaço dos ambulantes, respeito aos moradores de rua, desmilitarização das polícias, respeito às manifestações e revogação da Lei Geral da Copa.

— Apresentamos nossas demandas mas não teve qualquer resultado porque o representante do governo não tinha poder de decisão. Até hoje não tivemos resposta. Os ministérios da Justiça e da Defesa também nos procuraram, mas até agora nada.

#vaitercopa

O PT também tem atuado para evitar um desgaste da presidente às vésperas da eleição. No dia 12 o partido lançou a hashtag #vaitercopa. A iniciativa, no entanto, foi abandonada. A ideia é adotar o slogan #CopadasCopas, lançado pela própria Dilma no Twitter e baseado no discurso da presidente na cerimônia de sorteio dos grupos do torneio, em dezembro.

O secretário de Comunicação do PT, José Américo, diz que "não vamos dialogar com este movimento #naovaitercopa. Não tem sentido". Segundo ele, o partido vai usar as redes sociais para desmentir boatos contra o governo espalhados na rede e divulgar fatos positivos.

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