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“Grande golpe na política, era um jovem líder em ascensão”, diz cientista político sobre morte de Eduardo Campos

Acidente aéreo em Santos (SP) em 13 de agosto matou ex-governador e mais seis pessoas

Brasil|Do R7

Jovem líder político, Eduardo Campos morreu em 13 de agosto de 2014, durante a campanha eleitoral à Presidência da República
Jovem líder político, Eduardo Campos morreu em 13 de agosto de 2014, durante a campanha eleitoral à Presidência da República Jovem líder político, Eduardo Campos morreu em 13 de agosto de 2014, durante a campanha eleitoral à Presidência da República

O dia 13 de agosto começou normal, assim como os outros que o antecederam. Os três principais candidatos à Presidência da República, Aécio Neves (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Eduardo Campos (PSB), cumpririam agenda de campanha e tudo deveria terminar bem. No entanto, era um dia normal até o fim da manhã, mas foi um terminou mais triste e que enfraqueceu a política brasileira.

Por volta das 10h, começaram a chegar as primeiras informações que mudariam os rumos, não só das Eleições 2014, mas também do cenário político do País.

Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco e nome do PSB ao Planalto, foi vítima de uma tragédia no meio da campanha, quando ele era o terceiro colocado na preferência dos eleitores. Morreu num acidente de avião junto com outras seis pessoas da sua equipe. Deixou para trás a mulher, os cinco filhos e tudo o que tinha planejado para o seu futuro político.

VEJA A COBERTURA COMPLETA SOBRE A MORTE DE EDUARDO CAMPOS

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"Alfa. Fox. Alfa" e a tremedeira que confirmou a morte de Campos

Para David Fleischer, cientista político e professor da UnB (Universidade de Brasília), a morte do pessebista foi um golpe na política brasileira e nordestina.

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— Eduardo Campos era um jovem líder em ascensão com ideias novas e pregava a terceira via. Era a alternativa entre o PT e o PSDB. Ele era muito importante nessa região [Nordeste]. O primeiro com estatura nacional que floresceu nessa região em anos.

O sociólogo Rodrigo Augusto Prando, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, destaca a importância do pernambucano na política do seu Estado.

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— Eduardo Campos se constituía, naquele momento, numa liderança emergente no plano nacional. Era uma liderança consolidada na região dele.

Ambos cientistas ouvidos pelo R7 concordam com um fato, Campos estava se preparando para voltar forte na campanha de 2018. Segundo o professor Prando, se ele estivesse vivo, estaria muito bem visto nas próximas eleições. Enquanto Fleischer usa a expressão “esquentando os motores” para justificar a participação de Campos na corrida presidencial de 2014.

Os 30 dias após a tragédia que mudou o rumo das Eleições 2014

Saiba como está a vida da família de Eduardo Campos após sua morte

Legado

Eduardo Campos foi governador de Pernambuco e presidente do PSB. Foi neto de Miguel Arraes e ficou responsável por seguir com o nome da família na política. Ele morreu aos 49 anos deixando alguns legados, inclusive preparou o terreno para um possível sucessor.

Ao R7, os especialistas divergem sobre os legados deixados pelo pernambucano. Para Fleischer, a grande herança política deixada é a representação da terceira via, da possibilidade de fazer propostas diferentes e melhores. Para ele, Campos representava “uma alternativa entre a polarização do PT e PSDB”.

Já para Prando, o legado dele é muito mais local do que nacional. O sociólogo diz que o que o ex-governador deixou foi uma família bem colocada politicamente. Dias após a sua morte, o filho mais velho do político arriscou alguns discursos em cima do palanque. “No plano nacional não podemos dizer que ele deixou um grande legado”, afirma o especialista. 

Relembre a seguir: Um mês após a morte de Campos, R7 discute reviravolta na disputa presidencial

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