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Joesley fala em "dissolver" STF e que "ninguém vai ser preso"

Novas gravações já estão em poder da PGR e podem anular delações

Brasil|Do R7

Carmén Lúcia é citada em conversa
Carmén Lúcia é citada em conversa

Uma das gravações de executivos da J&F em poder da PGR (Procuradoria-Geral da República) revela um interesse de Joesley Batista, dono, e do diretor Ricardo Saud em criar uma espécie de delação em cascata.

Joesley cita uma pessoa chamada Zé, que seria o ex-ministro da Justiça de Dilma Roussef, José Eduardo Cardozo.

— Eles vão dissolver o Supremo. Eu vou entregar o Executivo [governo federal] e você vai entregar o Zé e o Zé vai entregar o Supremo. Na miúda, não tem que falar mais nada pro Zé, chamar ele pra vir aqui, dizer que ele precisa trabalhar conosco e dizer que precisamos organizar o Supremo. Única chance que temos de sobreviver é isso. Você tem quem? A, B, C, D, F... Como é cada um, qual influência que você tem nesse filho da p***, como a gente grampeia, o Zé vai entregar tudo. Vai falar de dois só, só vamos entregar o Judiciário e o Executivo.

O bilionário ainda diz que "não tem nenhuma chance" de ele ser preso.


— Sabe qual a chance de eu ser preso? Nenhuma. Zero. Não precisa dar explicação nenhuma. Por quê? Porque não vai. Não tem nenhuma chance. Queria tranquilizar todo mundo, eu não vou ser preso, ninguém vai ser preso.

Os nomes de três ministros da Corte são citados nas conversas de Joesley e Ricardo Saud. São eles: Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e a presidente da Corte, Carmén Lúcia. No entanto, não há qualquer indício de ilegalidades atribuídas a eles. 


Ontem, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, anunciou que pretende rever a delação de J&F. Os executivos correm o risco de perder os benefícios que foram concedidos em troca das informações contra políticos, incluindo o presidente Michel Temer (PMDB). 

Até o momento, o R7 não conseguiu contato com José Eduardo Cardozo. 


A J&F divulgou nota dizendo que "a interpretação precipitada dada ao material será rapidamente esclarecida"

A empresa sustenta que se tratam de "apenas cogitações de hipóteses" e que "não houve uma palavra sequer a comprometer autoridades".

"É verdade que ao longo do processo de decisão que levou ao acordo de colaboração, diversos profissionais foram ouvidos - mas em momento algum houve qualquer tipo de contaminação que possa comprometer o ato de boa fé dos colaboradores", concluiu.

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