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Lava Jato: Eike Batista sabia de pagamento de propinas em obras de plataformas da Petrobras

Empresário, porém, não foi obrigado a depor na Operação Arquivo-X da PF nesta quinta-feira

Brasil|Do R7

Eike Batista pagou US$ 2,350 milhões ao casal Santana por meio de transação no exterior, indica a força-tarefa da Lava Jato
Eike Batista pagou US$ 2,350 milhões ao casal Santana por meio de transação no exterior, indica a força-tarefa da Lava Jato Eike Batista pagou US$ 2,350 milhões ao casal Santana por meio de transação no exterior, indica a força-tarefa da Lava Jato

Fundamental na investigação que resultou na prisão do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, o empresário Eike Batista sabia do pagamento de propinas do consórcio responsável pela construção das plataformas de exploração de petróleo P-67 e P-70.

A informação foi dada pelo procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, membro da força-tarefa da Operação Lava Jato, nesta quinta-feira (22).

— Temos evidências de que Eike Batista sabia e participou do pagamento de propina [...]. Ele não é colaborador, mas enquanto membro do consórcio sabia que estavam sendo pagas propinas.

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Mantega teria se reunido com Eike Batista em novembro de 2012, ocasião em que teria pedido "para que houvesse uma doação para quitação de dívidas eleitorais", segundo Carlos Fernando dos Santos Lima.

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Questionado se o empresário deveria ter sido conduzido para depoimento obrigatório (condução coercitiva), o procurador disse que, "neste caso, não houve necessidade porque já temos o depoimento da testemunha e os fatos estão dados a esse respeito".

Santos Lima disse que a investigação da força-tarefa ocorre desde "agosto de 2015, em virturde de depoimento de colaborador, o consórcio Integra".

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— Ganhou concorrência na petrobras sem nenhuma capacitação para essas contruções em obras relativas às plataformas P-67 e P-70. Temos três vertentes de coorrupção, duas delas indicadas por colaboradores ou testemunhas, outra espontaneamente revelada pelo senhor Eike Batista.

De acordo com o procurador, o ex-ministro Guido Mantega teria pedido ao empresário Eike Batista o pagamento de R$ 5 milhões para a "quitação de dívidas de campanha, em reunião em 1º de novembro de 2012".

— Efetivamente, não estávamos em período de doações eleitorais e a combinação passou pela operacionalização desses valores no exterior entre empresas de Eike Batista e empresas do casal Santana [João Santana e Mônica Moura, responsáveis pela campanha eleitoral de Dilma Rousseff em 2010]. [...] Foi repassado o valor de US$ 2,350 milhões.

Essa transação, de acordo com o procurador da República, é suspeita: "Existem indicativos e ausência de qualquer justificativa para esse pagamento e o uso de expediente típico de lavagem de dinheiro, com recursos no exterior e contratos de pagamento sem prestação de serviço".

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