Manifestantes fazem apitaço no Congresso para pedir saída de Feliciano da Comissão de Direitos Humanos
Após serem barrados, integrantes de movimentos sociais prometem mais protestos
Brasil|Carolina Martins, do R7, em Brasília
Depois de serem proibidos de entrar na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (12), os integrantes de movimentos sociais que organizavam um protesto contra o presidente da CDH (Comissão de Direitos Humanos) da Casa, deputado Marco Feliciano (PSC-SP), realizaram um apitaço na entrada do Congresso.
Os manifestantes ocuparam o Salão Negro e, com narizes de palhaço, faixas de protesto e bandeiras do movimento gay, gritaram palavras de ordem, pedindo a destituição de Feliciano da presidência da CDH.
Feliciano é acusado de ter dado declarações racistas e homofóbicas nas redes sociais e, por isso, é alvo de protestos. Manifestantes não aceitam que ele seja o presidente da Comissão de Direitos Humanos, alegando que a postura do parlamentar não é coerente com a de um defensor das minorias.
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O protesto durou cerca de 20 minutos. Os manifestantes fizeram uma grande roda e se comprometeram a voltar ao Congresso nesta quarta-feira (13), quando está agendada a primeira reunião da Comissão de Direitos Humanos com Feliciano na presidência.
Mais protestos
Depois do apitaço, os manifestantes deixaram as dependências do Congresso cantando “até o papa renunciou, Feliciano a sua hora já chegou”. Eles organizaram um novo protesto no gramado em frente a rampa do Congresso Nacional para chamar a atenção dos parlamentares.
A promessa é de que, na quarta-feira, eles não vão aceitar ser barrados. Eles vão até à presidência da Câmara entregar ao deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) o documento que já conta com mais de 370 mil assinaturas de pessoas que não aceitam Feliciano na presidência da CDH.
Parlamentares também são contra Feliciano
Os parlamentares que integram a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados decidiram, nesta terça-feira (12), recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar impedir que Feliciano atue como presidente da CDH.
Os deputados ingressaram com um mandado de segurança no Supremo, pedindo que a sessão, realizada na última quinta-feira (7), que elegeu Feliciano presidente da comissão, seja anulada. Os deputados alegam, entre outras coisas, que a reunião foi fechada, sem a possibilidade da população acompanhar.
Caso não sejam favorecidos na Justiça, parlamentares que integram a CDH prometem obstruir a reunião da CDH desta quarta e dizem não reconhecer Feliciano como presidente.