Após clima tenso na votação desta terça-feira (2) sobre a meta fiscal do governo, manifestantes foram impedidos de entrar no Congresso nesta quarta-feira (3). A votação tem continuidade na manhã desta quarta-feira (3), mas houve bate-discussão entre os manifestantes e o deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP).
Veja as imagens do tumulto de hoje
Ao entrar na Câmara, o deputado tentou conversar com os manifestantes, mas eles começaram a gritar "ditadura" e "vai pra Cuba". Diante da frustração, o parlamentar entrou em seu carro e saiu. Um dos manifestantes chegou a bater no carro. Antes de sair, Chinaglia conversou com um manifestante, dizendo que sua interpretação da situação era oportunista.
A votação de ontem foi cancelada após discussão e pancadaria entre os parlamentares e a população nas galerias da Casa. O clima ficou mais tenso após o presidente do Congresso, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), ter suspendido a sessão e mandado retirar os manifestantes.
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Renan diz que oposição bancou protesto contra votação da meta fiscal, mas Aécio fala em voz do povo
Renan chegou a dizer que a oposição bancou protesto contra votação da meta fiscal. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) negou que seu partido tenha oferecido dinheiro para os manifestantes. Segundo ele, o governo não quer aceitar que as pessoas querem participar ativamente do processo político.
O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), afirmou que as pessoas foram para as galerias a pedido do deputado Izalci Lucas (PSDB-DF). Segundo o senador, essa estratégia também foi usada para impedir a votação do texto na CMO (Comissão Mista de Orçamento).
— Na Comissão de Orçamento foi a mesma coisa. Foram pessoas trazidas pelo deputado Izalci. Todo mundo conhece, todo mundo sabe quem são. Se são pagas ou não, elas são trazidas pelo deputado Izalci e não é a primeira vez. Isso não contribui com a democracia e não engrandece o Congresso Nacional.
Assista ao vídeo do tumulto entre Chinaglia e os manifestantes:
Manifestantes gritam"a casa é nossa"; veja: