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Marina Silva diz que Temer na Presidência provocaria "bololô"

Ex-ministra voltou a defender que melhor saída seria impugnação da chapa Dilma-Temer

Brasil|Do R7

Ex-ministra voltou a defender a impugnação da chapa Dilma-Temer
Ex-ministra voltou a defender a impugnação da chapa Dilma-Temer

A ex-ministra Marina Silva, da Rede Sustentabilidade, disse na madrugada desta terça-feira (29), durante entrevista ao apresentador Jô Soares, no Programa do Jô, que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, se aprovado, cumpriria uma "formalidade", mas não sua "finalidade".

Se o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assumisse, segundo ela, ocorreria um "bololô".

A expressão foi usada antes pelo apresentador, para se referir à possibilidade de afastamento da presidente e do vice, que provocaria, segundo ele, uma confusão ainda maior que o impeachment.

Para Marina, no entanto, Dilma e Temer têm responsabilidades equivalentes pela atual crise.


— Os dois partidos [PT e PMDB] estão implicados igualmente.

A ex-ministra voltou a defender que a melhor saída para a crise seria a impugnação da chapa Dilma-Temer pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o que provocaria novas eleições se ocorresse ainda em 2016.


Jô tratou a entrevistada como candidata e perguntou se ela já teria escolhido nomes para o Ministério. Marina negou que já tenha tomado qualquer decisão.

— Não é uma mentira branca nem mentira negra ou preta. É a mais profunda verdade e pago um preço muito alto quando digo que não sei se serei candidata. Meu objetivo de vida não é ser presidente, é ver o Brasil melhor.


A líder da Rede Sustentabilidade afirmou que pensa na possibilidade de concorrer ao Planalto, mas que não quer "instrumentalizar" a crise.

— O mais importante é dar contribuição genuína. (...) Não fico ligada em pesquisa de opinião. É um registro de um momento. E é um momento muito delicado da vida do nosso País, com inflação, desemprego, juros altos e descrença nas lideranças políticas.

Marina foi candidata a presidente em 2010, pelo PV, e em 2014, pelo PSB — na vaga herdada de Eduardo Campos, morto em desastre aéreo durante a campanha.

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