O juiz federal Sérgio Moro condenou a nove anos e 10 meses de prisão José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelos crimes de corrupção passiva e gestão fraudulenta de instituição financeira, por ter retirado um empréstimo de R$ 12 milhões no Banco Schahin, destinado a quitar dívidas do PT.
Outras quatro pessoas também tiveram as condenações divulgadas nesta quinta-feira (15). Entre elas, o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto e o lobista Fernando Baiano.
O empréstimo feito em nome do pecuarista João Carlos Bumlai não foi pago e foi quitado de maneira fraudulenta, com o fechamento de um contrato do Grupo Schahin, com a Petrobras, para operação do navio-sonda Vitória 10000. Foi simulado uma falsa doação em pagamento com embriões bovinos.
Também foram condenados o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto (a seis anos e oito meses de prisão por corrupção), Fernando Schahin, do Banco Schahin, o lobista Fernando Soares, o Baiano, e Eduardo Costa Vaz Musa, ex-executivo da Petrobras e da Sete Brasil. Schahin, Soares e Musa foram condenados por corrupção e receberam penas de reclusão, mas foram beneficiados e cumprirão apenas o que está previsto no acordo de delação premiada que assinaram com o Ministério Público Federal (MPF).
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Moro determinou que a pena de Bumlai seja cumprida em regime fechado, condicionando a progressão de regime à reparação dos danos. Na sentença, ele afirmou que não houve colaboração de Bumlai no processo, mas confissão parcial.
No começo deste ano, o pecuarista foi diagnosticado com câncer na bexiga, ele estava preso na sede da Polícia Federal em Curitiba desde novembro de 2015. Os advogado de Bumlai pediram a transferência do preso para prisão domiciliar.