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Norte Energia recorrerá à Justiça para desocupação de canteiro de obras de Belo Monte

Índios querem a suspensão dos empreendimentos até o fim da consulta aos povos tradicionais

Brasil|Da Agência Brasil

Manifestantes ocuparam o canteiro no início do mês de maio
Manifestantes ocuparam o canteiro no início do mês de maio Manifestantes ocuparam o canteiro no início do mês de maio

Responsável pela instalação e operação da Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará, a empresa Norte Energia informou nesta segunda-feira (27), em nota, que usará todos os recursos legais para retomar a área ocupada por índios em um dos canteiros de obras do empreendimento. O consórcio quer garantir a volta ao trabalho dos 4 mil funcionários do Sítio Belo Monte, a cerca de 55 quilômetros de Altamira (PA).

Por razões de segurança, as operações foram suspensas assim que os índios conseguiram entrar no local, por volta das 4h desta segunda-feira.

O grupo de manifestantes é formado por cerca de 140 índios da etnia Munduruku. Moradores da região do Tapajós, a cerca de 800 quilômetros dos canteiros de Belo Monte, os munduruku pedem a imediata suspensão de todos os empreendimentos hidrelétricos na Amazônia até que o processo de consulta prévia aos povos tradicionais, previsto na Convenção 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) seja regulamentado.

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Esta é a segunda ação indígena neste mês que leva o consórcio construtor da usina a paralisar os trabalhos no Sítio Belo Monte, um dos três grandes canteiros de obras do empreendimento. A última ocupaçãofoi no início de maio, durou oito dias e terminou com os índios deixando o local sem necessidade de uso de força policial. Parte deles, no entanto, continuou acampada em Altamira, mobilizada contra a realização de estudos ou obras nos rios Xingu, Tapajós e Teles Pires.

Em nota anterior, emitida às 13h06, a Norte Energia dizia que "continua em vigor a liminar de reintegração de posse deferida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região em 08/05/2013, de maneira que os invasores estão descumprindo uma ordem judicial, razão pela qual estão passíveis de serem responsabilizados civil e criminalmente pela nova invasão." 

A Secretaria-Geral da Presidência da República não se manifestou, até o momento, sobre a condição imposta pelos índios para deixar o local: uma reunião com representantes do governo. A Agência Brasil também não conseguiu contactar, por telefone, os líderes da manifestação.

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