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Operação da PF prende 17 pessoas no País e encontra carrões e lancha comprados com dinheiro sujo

Em um ano e meio, quadrilha movimentou cerca de R$ 300 milhões, segundo investigação

Brasil|Do R7

O balanço parcial da operação Miquéias, coordenada pela Polícia Federal, prendeu 17 pessoas e apreendeu 18 carros, uma lancha e uma moto no Distrito Federal e em oito Estados do País nesta quinta-feira (19). A operação Miquéias mira desarticular duas organizações criminosas com atuações distintas: uma de lavagem de dinheiro e outra de má gestão de recursos de entidades previdenciárias públicas. 

A operação envolve mais de 300 policiais que cumprem 102 mandados judiciais, sendo cinco de prisão preventiva, 22 de prisão temporária e 75 de busca e apreensão no Distrito Federal e nos Estados de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Minas Gerais, de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, de Goiás, do Maranhão, Amazonas e de Rondônia.

No Distrito Federal, foram 14 prisões e 37 mandados de busca e apreensão cumpridos. Houve ainda a apreensão de 15 carros, uma moto e uma lancha. Em Goiás, uma pessoa foi presa e os agentes ainda cumprem 14 mandados de busca.

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No Rio de Janeiro, houve duas prisões e a PF ainda cumpre seis mandados de busca e apreensão. No Maranhão, são cinco mandados de busca e apreensão. Em Mato Grosso do Sul, a polícia cumpre quatro mandados de busca e apreensão.


Em Mato Grosso, são dois mandados de busca e apreensão e três carros apreendidos. Em Rondônia, são dois mandados de busca e apreensão. Por fim, em São Paulo e em Minas Gerais, a PF cumpre um mandado de busca e apreensão em cada um dos Estados.

O nome da operação refere-se a Miquéias, que denunciava os governantes, chefes e ricos das cidades de Jerusalém e Samaria. Eles roubavam o povo por meio da língua enganosa, com armadilhas, exigiam presentes e subornos.


Investigação

De acordo com a PF, a investigação teve início há um ano e meio para apurar lavagem de dinheiro por meio da utilização de contas bancárias de empresas de fachada ou fantasmas, abertas em nome de "laranjas" para ocultar os responsáveis pelas movimentações. 

A partir daí, foi verificada a existência de uma holding de empresas que consistia em um verdadeiro serviço de terceirização para lavagem de dinheiro proveniente de diversos crimes. Em 18 meses de investigação, segundo a PF, foram sacados mais de R$ 300 milhões nas contas dessas empresas. 

Entre os diversos grupos criminosos da organização, a PF individualizou três núcleos distintos que contavam, inclusive, com a participação de policiais civis do Distrito Federal.

A investigação constatou ainda que os líderes da organização criminosa aliciavam prefeitos e gestores de regimes próprios de previdência social para que eles aplicassem recursos das respectivas entidades previdenciárias em fundos de investimentos em papéis pouco atrativos, geridos pela própria quadrilha e com alta probabilidade de insucesso.

Esses prefeitos e gestores eram remunerados com um percentual sobre o valor aplicado.

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