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Oposição conquista indecisos e avança em placar pró-impeachment

Grupo teria 367 votos "sim". Governo, porém, aposta em reação com os deputados 'nem-nem'

Brasil|Raphael Hakime e Mariana Londres, do R7, em Brasília

Darcísio Perondi (PMDB-RS), garante que a oposição vai vencer com ligeira folga a votação do impeachment
Darcísio Perondi (PMDB-RS), garante que a oposição vai vencer com ligeira folga a votação do impeachment Darcísio Perondi (PMDB-RS), garante que a oposição vai vencer com ligeira folga a votação do impeachment

A oposição na Câmara dos Deputados chegou ao dia da votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, marcada para as 14h deste domingo (17), com um sentimento de vitória. Deputados contrários a Dilma, liderados pelo PMDB do vice-presidente Michel Temer, dizem ter conquistado a maior parte dos votos dos indecisos. Resultado: um avanço expressivo no placar do impeachment.

O governo, por outro lado, não joga a toalha e manobra até os últimos minutos antes da votação para angariar os 172 votos necessários para barrar o processo de impeachment. Ontem, por exemplo, o governo repassou terras da União para o Estado do Amapá — o que foi questionado pela oposição na PF (Polícia Federal). 

O vice-líder do PMDB na Câmara, deputado Darcísio Perondi (RS), garante que a oposição vai vencer com ligeira folga a votação do impeachment: "No nosso controle, [o número dos indecisos] é bem menor. Por isso temos 367 [votos]".

— Nesses quatro, desde dez dias atrás, nós só subimos e o governo patina. Nessa semana, de três dias para cá, nós já passamos a marca.

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Os levantamentos da Folha de S.Paulo e de O Estado de S.Paulo indicam até 17 indecisos um dia antes da votação final. 

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Perondi acompanha o placar feito diariamente pelos principais jornais do País, mas assegura que o "controle dos próprios deputados é mais avançado e preciso porque reflete o dia a dia na Câmara". 

— Na nossa avaliação, temos poucos indecisos. Na área do jornal, não existe a intimidade que temos aqui dentro. Nós temos quase nada de indecisos. Nosso controle é bem menos. Muito pouco. São 5 indecisos no nosso controle.

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Também oposicionista, o deputado Nilson Leitão (PSDB-MT) também comemora a conquista de novos votos dos indecisos e crava: "Deve ter 10 indecisos, o restante são negociadores".

Paulo Teixeira (PT-SP) aposta que ainda existem indecisos na Câmara e são eles que vão decidir
Paulo Teixeira (PT-SP) aposta que ainda existem indecisos na Câmara e são eles que vão decidir Paulo Teixeira (PT-SP) aposta que ainda existem indecisos na Câmara e são eles que vão decidir

Governo resiste

Embora a oposição considere que terá uma vitória fácil neste domingo, os deputados governistas ainda não desistiram da batalha de barrar o impeachment na Câmara. O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) aposta que ainda existem indecisos na Câmara e que eles vão decidir.

— São cerca de 30 indecisos e acho que eles vão definir a votação. Vão existir três movimentos: primeiro, a decisão dos indecisos; o segundo movimento dos chamados “nem-nem”, que são os "nem Dilma nem Temer", e isso vai gerar um número de abstenções; e um terceiro movimento é muitos dos que estão contabilizados já como pró-impeachment vão mudar para contra o impeachment.

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Teixeira também vê outro trunfo para derrotar a oposição: as ausências dos deputados. A deputada Clarissa Garotinho (PR-RJ), por exemplo, está grávida e não estará em Brasília no dia da votação. Isso significa um voto a menos para a oposição, porque ela votaria a favor do impeachment. 

— O quórum hoje é baixíssimo hoje aqui no Congresso. Então, com esse quórum baixo, já é um sintoma de que muita gente não veio votar, o que é favorável ao governo.

Por outro lado, o governo terá que trabalhar com os desertores. O deputado Paulo Maluf (PP-SP) anunciou na semana passada, via redes sociais, que mudou seu voto e daria o "sim" para o impeachment de Dilma.

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