A divulgação de diálogos entre o empresário Joesley Batista, dono da J&F, e o diretor do grupo, Ricardo Saud, mostra um pouco de como a dupla de delatores tratava as investigações da Lava Jato. Eles falam sobre influência nas investigações contra eles, mulheres, sexo, adultério, etc.
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin levantou o sigilo dos áudios na terça-feira (5).
Diante dos áudios, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, anunciou na segunda-feira (4) que vai rever as delações dos executivos.
Existe, inclusive, o risco de os delatores perderem os benefícios garantidos pelo acordo.
Ouça a seguir alguns trechos dessa conversa recuperada pela Polícia Federal.
Desabafo
O empresário faz piada de como vai contar à mulher, a jornalista Ticiana Villas Boas, sobre o escândalo em torno da delação premiada dele. Aos crimes cometidos, ele dá o nome de “traquinagens”
Sexo
Em outro momento, Joesley e Ricardo Saud falam sobre ter relações sexuais com uma advogada que representa a J&F. "Eu falei para ele: 'Francisco, missão: eu vou te dar até domingo que vem, senão, me libera que eu vou fazer o serviço'. E vou mesmo. [...] Um de nós tem que botar ela na cama. Eu já arrumei um veado [...] já tenho contratado um", disse.
Impunidade
Joesley Batista também faz pouco caso e fala da certeza de que não será preso.
Relação com ex-procurador
O empresário admite ter relação com o ex-procurador Marcello Miller, que integrava a equipe do procurador-geral Rodrigo Janot e foi para o escritório de advocacia que defende Joesley.
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