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Patrimônio de Cunha evoluiu 214% em 12 anos, diz PGR

Autoridades pediram novo bloqueio das contas bancárias que deputado tem na Suíça

Brasil|

Dinheiro recebido por Cunha em contas no exterior seria de propina em contratos da Petrobras
Dinheiro recebido por Cunha em contas no exterior seria de propina em contratos da Petrobras Dinheiro recebido por Cunha em contas no exterior seria de propina em contratos da Petrobras

A PGR (Procuradoria-Geral da República) solicitou ao STF (Supremo Tribunal Federal) um novo bloqueio de duas contas bancárias mantidas no Banco Julius Bäer atribuídas ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Uma das contas está em nome da mulher de Cunha, Cláudia Cordeiro Cruz. Além disso, a PGR diz que em 12 anos, a evolução patrimonial do peemedebista foi de 214%.

De acordo com a PGR, a solicitação de sequestro dos valores é necessária já que o processo foi encaminhado pela Suíça ao Brasil e há "a possibilidade concreta de que ocorra o desbloqueio das contas, com a consequente dissipação dos valores depositados nas contas bancárias estrangeiras". O processo foi transferido para a PGR, já que o presidente da Câmara é brasileiro, está no País e não poderia ser extraditado para a Suíça.

No pedido, o procurador-geral da República em exercício, Eugênio Aragão, diz que não há dúvidas em relação à titularidade das contas. "Há cópias de passaportes — inclusive diplomáticos — do casal, endereço residencial, números de telefones do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto", diz. Seu patrimônio estimado à época da abertura da conta, era de aproximadamente US$ 16 milhões.

Contas de Cunha na Suíça têm mais de R$ 20 milhões

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Patrimônio

A Procuradoria-Geral da República aponta a evolução patrimonial de 214% de Cunha entre os anos de 2002 e 2014. Atualmente, o patrimônio declarado do presidente da Câmara é de R$ 1,6 milhão, de acordo com declaração feita à Justiça Eleitoral. Em 2002, o valor declarado era de R$ 525.768,00. Para Aragão, há indícios suficientes de que as contas no exterior não foram declaradas e, ao menos em relação a Eduardo Cunha, "são produto de crime".

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O bloqueio das contas ainda precisa ser autorizado pelo ministro do STF, Teori Zavascki. Na quinta-feira (15), o ministro autorizou abertura de um novo inquérito contra Cunha, que também vai investigar a esposa e uma das filhas do parlamentar.

O pedido de investigação, feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tem como base os documentos que mostram que Cunha, a filha dele, Danielle da Cunha, e a mulher são beneficiários finais em contas secretas na Suíça. Pesam contra eles as acusações de corrupção e lavagem de dinheiro.

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Os documentos foram enviados pelo Ministério Público da Suíça ao Brasil e revelam que um negócio da Petrobras em Benin, na África irrigou as contas do parlamentar e de seus familiares. As autoridades do país europeu bloquearam em abril um valor que, em reais e no câmbio atual, chega a aproximadamente R$ 9,6 milhões.

Além das contas que são objeto do inquérito, outras duas que tinham como beneficiário Cunha foram mencionadas pela Suíça: Orion SP e Triumph SP. Ambas foram fechadas pelo investigado um pouco depois da deflagração da Operação Lava Jato.

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