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Patrimônio de organização chefiada por Cabral é "oceano não mapeado", diz PF

Mais de R$ 300 mi foram detectados no exterior em esquema revelado pela Operação Eficiência 

Brasil|

"Patrimônio dos membros da organização é um oceano ainda não completamente mapeado", disse superintendente da PF
"Patrimônio dos membros da organização é um oceano ainda não completamente mapeado", disse superintendente da PF "Patrimônio dos membros da organização é um oceano ainda não completamente mapeado", disse superintendente da PF

Apesar da decretação da prisão preventiva do empresário Eike Batista, a PF (Polícia Federal) e o MPF (Ministério Público Federal) ainda investigam que tipo de benefício o empresário teria recebido em contrapartida ao pagamento de R$ 52,47 milhões (US$ 16,5 milhões) ao ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral.

O esquema revelado pela Operação Eficiência foi desvendado com a ajuda de dois colaboradores, responsáveis pela administração do dinheiro no exterior.

De acordo com o superintendente regional em exercício da PF no Rio, Marcos Uruguai, os R$ 317 milhões (US$ 100 milhões) detectados fora do País durante a operação, R$ 47,7 milhões (US$ 15 milhões) estariam ocultos por ordem do amigo de Cabral Wilson Carlos e R$ 22,26 milhões (US$ 7 milhões) por ordem do sócio do ex-governador Carlos Miranda. O restante era de Sérgio Cabral. Segundo o policial federal não é possível saber onde termina o esquema envolvendo o peemedebista.

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"O patrimônio dos membros da organização é um oceano ainda não completamente mapeado", disse Uruguai, afirmando que os R$ 317 milhões (US$ 100 milhões) encontrados foram um valor além do esperado.

Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (26), os procuradores do MPF e delegados da PF evitaram afirmar se a propina se referia a algum grande projeto, como o Porto do Açu, que ocupa uma área maior que Manhattan em São João da Barra, no norte fluminense. Todos os contratos de Eike com o governo na gestão de Cabral serão investigados.

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Eike fez uma doação de R$ 20 milhões em 2010 para as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), com o compromisso de repetir o investimento até 2014. Mas interrompeu os repasses em 2013.

"Estamos investigando, mas as alternativas não são tantas. Prefiro não comentar [sobre o Açu]", disse Uruguai. De acordo com a PF e o MPF, a investigação para caracterização de crime de corrupção no Brasil não necessariamente precisa identificar o ato que teria sido corrompido.

Segundo Uruguai, até o momento nada foi encontrado envolvendo o governador Luiz Fernando Pezão. Os representantes da força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio, da qual a Calicute é um desdobramento, afirmaram ainda que os US$ 100 milhões detectados no exterior nessa fase da operação são valores distintos daqueles levantados como pagamentos feitos pela empreiteira Andrade Gutierrez nas fases anteriores da Calicute.

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