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Pedro Taques discursa “como perdedor” e Renan ignora acusações

Candidato favorito, o peemedebista se ateve a falar em planos para sua gestão

Brasil|Marina Marquez, do R7, em Brasília

Renan Calheiros (PMDB) e o senador Pedro Taques (PDT-MT), nos corredores do Senado, nesta sexta-feira
Renan Calheiros (PMDB) e o senador Pedro Taques (PDT-MT), nos corredores do Senado, nesta sexta-feira

Os candidatos à presidência do Senado Federal discursaram nesta sexta-feira (1º) na tribuna do plenário e defenderam suas candidaturas, antes de os parlamentares começarem a votar. Pedro Taques (PDT-MT) alfinetou o concorrente e favorito na disputa, Renan Calheiros (PMDB-AL), e disse que um presidente do Congresso não poderia ser alguém que teme o passado e o futuro.

Calheiros, por sua vez, defendeu a criação de uma secretaria de transparência e ética, valores que disse ser indispensáveis para o Senado.

Taques foi o primeiro a falar e disse que ocupava a tribuna já como um perdedor. Falou que queria combater "excessos" do Executivo e que esperava que o "anunciado vencedor fizesse a mesma promessa".

— Sou titular da perda anunciada, do que não acontecerá. Mas quero que a sociedade brasileira observe que as coisas podem ser diferentes, que o passado não precisa necessariamente voltar, que há modos novos e melhores de fazer política, que esta Casa não é um apêndice, um "puxadinho" do Poder Executivo.


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Segundo Taques, a volta de Calheiros era como voltas que "criam receios, de continuismo, de letargia, de erros ressurgentes". Provocou e questionou se o concorrente poderia falar de passado e futuro sem temer.


— Como farão os vencedores? Como esteve o Senado, quando ocupado pelos presumidos vencedores de hoje? Posso ser um perdedor, mas para mim, a lisura, a transparência, o comportamento austero são predicados inegociáveis de um presidente do Senado. Será que os vencedores também poderão dizê-lo? [...] Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu.

Renan

Renan Calheiros usou a maioria do seu tempo na tribuna para falar em planos de presidente. Não se defendeu de denúncias ou acusações que foram veiculadas nas últimas semanas.

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Sobre os questionamentos de alguns senadores sobre as denúncias, Renan disse que ética é "obrigação de todos".

— Alguns aqui neste debate falaram sobre ética. Isso seria até injusto com esse Senado Federal, que aprovou celeremente como nunca a Lei do Ficha Limpa, demonstrando que esse é compromisso de todos nós. Não vou citar todos, mas queria lembrar que a ética não é objetivo em si mesmo, objetivo em si mesmo é o Brasil, o interesse nacional. A ética é meio e não é fim. A ética é obrigação de todos nós, responsabilidade de todos nós e dever dese Senado Federal.

Falou também em melhorar a legislação e trabalhar para diminuir a burocracia que "eleva custos, aumenta tempo de produção e reduz competitividade" brasileira. Agradeceu o apoio praticamente unânime dos colegas de partido e pediu os votos "com humildade".

— Com muita humildade peço o apoio e o voto consciente de que a escolha de cada um é acima de qualquer coisa, uma demonstração de prestígio e homenagem e de celebração a democracia.

O peemedebista já foi presidente do Senado, mas renunciou ao cargo em 2007, para fugir da cassação depois de denúncias de corrupção.

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