PF inicia 8ª fase da Acrônimo com foco em fraudes em licitações do Ministério da Saúde
Agentes cumprem 20 mandados. Investigação já mirou governador de MG, Fernando Pimentel
Brasil|Do R7
A PF (Polícia Federal) iniciou nesta quinta-feira (15) a 8ª fase da Operação Acrônimo e mira fraudes em licitações do Ministério da Saúde e contratos entre uma grande empreiteira e o BNDES para execução de obras no exterior.
Ao todo, os agentes federais cumprem 20 mandados judiciais expedidos pela 10ª Vara Federal do Distrito Federal nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, além do Distrito Federal.
São 11 conduções coercitivas e nove mandados de busca e apreensão.
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O objetivo desta etapa é recolher elementos que possam ajudar a esclarecer a atuação de uma organização criminosa especializada na obtenção de benefícios junto ao governo federal por meio de pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos.
A operação está focada em dois inquéritos policiais. Um deles se refere à cooptação e pagamento de vantagens indevidas para fraudar licitações no Ministério da Saúde, beneficiando gráfica da propriedade de um dos investigados.
O outro evento apurado é a interposição de empresa na negociação e pagamento de vantagens indevidas a agente público, para obtenção de financiamentos de projetos no exterior pelo BNDES (República Dominicana, Angola, Cuba, Panamá, Gana e México) no interesse de uma grande empreiteira do Brasil.
As ações desta quinta-feira são um desdobramento da investigação que tramita no STJ (Superior Tribunal de Justiça). O magistrado relator do caso, Ministro Herman Benjamin, determinou o encaminhamento de parte da apuração à Justiça Federal de primeira instância, por não envolver investigados com prerrogativa de foro naquela Corte.
Em fases anteriories, a Acrônimo investigou irregularidades de campanha e suposto recebimento de propina pelo governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), quando exerceu o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Discriminação dos mandados por Estados:
São Paulo: uma condução coercitiva
Rio de Janeiro: cinco conduções coercitivas e quatro buscas
Minas Gerais: uma condução coercitiva e duas buscas
Distrito Federal: quatro conduções coercitivas e três buscas