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PGR deve oferecer denúncia contra Delcídio até segunda-feira

Senador está desde quarta-feira (25) detido na superintendência da Polícia Federal de Brasília

Brasil|Do R7

Senador Delcídio do Amaral (PT-MS) no Congresso
Senador Delcídio do Amaral (PT-MS) no Congresso Senador Delcídio do Amaral (PT-MS) no Congresso

A Procuradoria-Geral da República (PGR) deve apresentar denúncia contra o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) até segunda-feira (30).

A previsão dos procuradores leva em conta o prazo mais curto para oficializar a acusação perante o STF (Supremo Tribunal Federal) no caso de investigado que já está preso.

Delcídio está desde a manhã desta quarta-feira (25) detido na superintendência da Polícia Federal de Brasília por tentativa de obstruir as investigações da Operação Lava Jato.

A prisão foi solicitada pela PGR e autorizada pelo ministro Teori Zavascki.

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Ao encaminhar o pedido de prisão do petista, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitou também a abertura de um inquérito para apurar a tentativa de embaraço das investigações de organização criminosa.

O inquérito foi aberto por Zavascki e cabe agora à Procuradoria apresentar a acusação formal contra o senador, que deverá ser analisada pela 2ª Turma da Corte.

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Pelo Código de Processo Penal e pelo regimento interno do STF, a PGR tem cinco dias, de quando recebido o material de investigação, para oferecer a denúncia contra investigado preso. O prazo expira na segunda-feira.

O não cumprimento do prazo processual dá margem para que a defesa do senador pleiteie o relaxamento da prisão preventiva. Na PGR, o grupo ligado a Janot trabalha para encaminhar de forma célere a acusação ao STF.

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Delcídio será acusado de tentar barrar as investigações e usar a condição política a seu favor.

Em conversas gravadas por Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, o parlamentar promete usar de influência e procurar políticos e ministros do STF para conseguir um habeas corpus a favor de Cerveró, além de oferecer uma mesada à família do ex-diretor e traçar uma rota de fuga para o preso.

A peça de acusação deve conter ainda os nomes dos outros três presos: o advogado Edson Ribeiro, o assessor Diogo Ribeiro e o banqueiro André Esteves. Todos são investigados por tentativa obstruir as investigações de uma suposta organização criminosa.

Não há prazo de vencimento para a prisão preventiva decretada.

No entanto, denúncia ao STF, Janot pode apontar se é necessário manter a prisão do parlamentar ou se o congressista pode ser solto. A manifestação do PGR dependerá de nova análise do ministro Teori Zavascki.

No momento, a Procuradoria não pretende pedir o afastamento de Delcídio Amaral do cargo. Na avaliação dos procuradores, preso, o senador não oferece risco às investigações.

A posição da Procuradoria - vista também na discussão sobre o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - tem sido a de deixar que o próprio Congresso encontre soluções internas sobre o mandato de investigados, sem interferência na esfera judicial.

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