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Presidente da Câmara rebate PGR e defende proposta que limita gastos públicos

para Maia, PEC 241 pretende corrigir o "desequilíbrio instaurado nas contas públicas"

Brasil|Do R7

Maia afirma que a superação da crise atual "dependerá do empenho e comprometimento de todos"
Maia afirma que a superação da crise atual "dependerá do empenho e comprometimento de todos"

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, distribuiu nota à imprensa neste sábado (8) para comentar e prestar esclarecimentos sobre a manifestação contrária da PGR (Procuradoria-Geral da República) em relação à PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 241, que fixa um teto para os gastos públicos pelos próximos 20 anos.

Maia argumenta que a PEC pretende corrigir o "desequilíbrio instaurado nas contas públicas" nos últimos anos, classifica a aprovação da matéria como "condição indispensável" para a retomada do crescimento sustentável da economia brasileira e destaca que a superação da crise só ocorrerá com "empenho e comprometimento de todos", incluindo Ministério Público Federal.

— Nenhuma instituição ou pessoa está acima das leis e da Constituição.

Na sexta-feira, a PGR enviou ao Congresso Nacional nota técnica pedindo o arquivamento ou a alteração do texto da PEC. O órgão sustenta que a matéria é inconstitucional e ameaça as ações de combate à corrupção no País, uma vez que o prazo de 20 anos é "longo o suficiente para limitar, prejudicar, enfraquecer o desempenho do Poder Judiciário e demais instituições do Sistema de Justiça e, nesse alcance, diminuir a atuação estatal no combate às demandas de que necessita a sociedade, entre as quais o combate à corrupção".


Procuradoria diz que PEC que limita gastos públicos é inconstitucional

A PGR ainda alega que a PEC, como está, viola o princípio da separação dos poderes ao afrontar "a independência e autonomia dos Poderes Legislativo e Judiciário e a autonomia das instituições do Sistema de Justiça".


Maia enfatiza na nota, no entanto, que a PEC servirá para "exatamente impedir a deterioração das instituições do Estado" e que "o prazo de vinte anos não decorre de um capricho do governo federal, mas da profundidade da crise que enfrentamos". A PGR defende a redução do prazo para 10 anos.

— É preciso romper com a mentalidade de que reformas duradouras na gestão pública podem ser obra de um ou dois governos. É necessário um compromisso sólido, inscrito na Constituição, de longa duração, que se mostre capaz de produzir resultados não apenas fiscais, mas, principalmente, institucionais.


O presidente da Câmara ainda ressalta que a superação da crise atual "dependerá do empenho e comprometimento de todos".

— Num Estado de Direito, contudo, nenhuma instituição ou pessoa está acima das leis e da Constituição. Estou convicto de que o Ministério Público Federal não julga haver instituições mais indispensáveis que outras à realização dos fins constitucionais.

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